ALMEIRIM – Uma embarcação da empresa Bertolini foi atacada por piratas de rio, no trecho conhecido como Ponta do Arutai, quando fazia viagem na rota entre a Cidade de Breves a Gurupá, no estado do Pará. Os bandidos, encapuzados, chegaram rapidamente e atirando, renderam de imediato o capitão Fluvial Sr. Etelvino Zideiros Bispo e em seguida trancaram toda a tripulação na sala de descanso do empurrador, tomando o controle do rebocador e balsas, ficando apenas um funcionário da Bertolini o Sr. José Carlos Salustiano, que foi obrigado pelos bandidos a conduzir a embarcação sob a mira de um revolver.
Atento Boiadeiro
A segunda ação dos piratas foi chamar o restante dos piratas através do rádio VHF canal VI com o seguinte código: “Atento Boiadeiro”, logo em seguida encostou uma embarcação de grande porte para executarem o saque.
A embarcação ficou em posse dos piratas mais de 10h, desde o início do ataque que foi as 18h da quinta-feita (13), e só foram liberar na manhã de sexta (14) as 9hs. Depois de fazerem a limpa, arrombando todos os camarotes e compartimentos, roubando todos os objetos pessoais da tripulação, celulares, roupas, mochilas, dinheiro e saquearem todos os equipamento da embarcação, equipamentos eletrônicos, eletroeletrônicos e todo os estoque de alimentação e rancho.
Na terceira ação, após a limpa em tudo e em todos, os bandidos roubaram mais de 11 mil litros de óleo diesel, deixando uma pequena quantidade o qual daria apenas para concluir o plano de ataque.
A ordem
Na quarta ação, os piratas sabiam exatamente onde liberar, foi exatamente no trecho conhecido como Ilha do Urucuricaia, que os piratas deixaram os tripulantes, sem comunicação e pouco combustível, e deram a ordem para não parar na cidade de Gurupá, que os mesmo deveriam passar direto, para que isso fosse feito, os piratas seguiram escoltando para que a ordem fossem cumprida.
Após passar de Gurupá, os tripulantes ficaram sem combustível, sem comunicação e comida, foram obrigados a abandonar as balsas e chegar até a cidade de Almeirim.
Na Amazônia, onde a maioria das estradas são de rios, esse tipo de crime está ficando corriqueiro e quadrilhas especializadas atuam de forma sincronizada e a muito tempo. Os criminosos são na maioria das vezes agressivos e chegam atirando com armas de forte calibre e atuam na maioria das vezes a partir das 18hs devido a escuridão do rio.