Círio Livramento

Na lembrança um pouco da história do Círio da Comunidade do Livramento.

Sua origem, como começou, a construção da capela, o barracão e os primeiros a iniciarem o trabalho de fé e devoção buscam resgatar a exercia da época.

ÓBIDOS - Seu Leonino Rodrigues dos Santos, 66 anos, sabe exatamente o dia e mês que se mudou para a comunidade Livramento. 21/05/1961. Esta data está marcada e bem lembrada não à toa. Nascido na comunidade Muratubinha, seu Leonino assim como outros mudaram-se em busca de novas oportunidades e viu nessa terra uma chance de recomeçar.

Na época a responsável pela cultura era a Professora Maria Leonildes Miranda de Souza, organizava dramas e “skets” de teatro e comemorava com os alunos e moradores as principais datas cívicas da Pátria, em sua casa.

No ano de 1969 aqui se fez apresentar o “Cordão do Pensamento”, exibindo o “pau-de-fita” que se constituía em atração aos expectadores assistentes do folguedo.

O movimento catequético na Prelazia de Óbidos teve início no ano de 1963 e trabalharam como Catequistas na Comunidade: em Bom Socorro da Boa Fé Genoveva Matos Sarrazin e Zuila Ferreira Pimentel; em Belo Horizonte ou Livramento, Adelina Carvalho de Azevedo, Sônia Maria Guimarães Lobato e Raimunda Reny Penha Pimentel. A seguir Livaldo da Cruz Matos e atualmente Leonino Rodrigues dos Santos.

Na década de sessenta foi construída a Capela, e os membros da Comunidade escolheram como padroeira Nossa Senhora do Livramento, o que deu origem ao nome da Comunidade ser “Livramento”. Assim, em caráter comunitário temos a Capela, o barracão comunitário, a casa de luz e força, a Escola do Livramento e o gramado de futebol. A festa da padroeira se realizava na 2ª quinzena do mês de outubro e o motor de luz que na época foi doado pelo Vereador Luis Carlos Bentes Cerussi.

Os primeiros Círios, de Nossa Senhora do Livramento eram comemorados apenas nas residências. A fé era mantida de forma bem simples, mas repassada de geração a geração.

Foi seu Antusiano, um antigo morador que deu o ponta pé inicial para o Círio ganhar um novo patamar. A transladação fluvial passou a ser celebrada no ano de 1964.

"Era muito simples, mas era muito bonito. Nas canoas e nos barcos, todos se uniam para fazer a transladação da imagem de Nossa Senhora. Eram tempos bons." Diz Leonino Rodrigues, ex-coordenador do Círio.

A partir da década de 60, no ano de 1964 os senhores Rômulo e Moisés mobilizaram a comunidade e o Círio de Nossa Senhora do Livramento passou a ser transladado de comunidade a comunidade.

Com o passar dos anos e com o aparecimento dos motores rabeta as embarcações a motor passaram a substituir as canoas a remo. Mais agilidade e segurança para os fiéis. Indo de encontro a modernidade a cultura passou a ficar no passado. Muitos costumes deixaram de ser realizados como as novenas. A identidade do Círio foi sendo deixada e poucos reconhecem a tradição da festividade que tenta se reerguer com o conhecimento dos mais antigos.

"A juventude não quer saber da nossa tradição. Mas, um povo que não valoriza, não resgata sua cultura não tem identidade." Palavras sábias de quem aprendeu com a ajuda do tempo como seu Leonino Rodrigues.

A festividade de fé e devoção da comunidade do Livramento, terá início com círio no dia 06 de outubro.

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