Artefatos do Mondongo

Na comunidade do Mondongo foram encontrados artefatos que precisam ser estudado para se saber as origens.

Uma comunidade que tem suas histórias de mitos e realidade, guarda objetivos que no mínimo desperta o interesse de quem visita

ÓBIDOS - Mondongo é uma comunidade de várzea do município de Óbidos localizado a 15 km em linha reta. Via fluvial, o percurso pode ser feito em uma hora e meia dependendo da estação do ano. É que na seca os igarapés ficam tão estreitos que apenas pequenas bajaras e em algumas ocasiões só a cavalo (e hoje com motocicletas) pode-se chegar mais rápido à comunidade.

Seu nome de origem africana quer dizer “terra baixa, alagada e com lama.”

Na escola Bom Jesus preserva-se uma verdadeira relíquia encontrada pelos alunos na primeira aula passeio organizada pela gestão escolar. O local escolhido, um lugar que reserva mistério e guarda a história da comunidade conhecido como Maloca ou torrão dos índios.

O local é tido como misterioso pelos moradores. E não é pra menos. Lá se encontram ainda vestígios dos primeiros habitantes destas terras.

Indo além achamos um senhor muito simpático e cheio de histórias. Seu Francisco Oliveira Santos tem um sobrenome muito comum na localidade, não é a toa que para muitos a vila é conhecida como dos Oliveiras, por ser tão comum o sobrenome. Ele é uma enciclopédia viva e nos revela seus achados.

“Eu já tinha ouvido histórias contadas pelos antigos, inclusive minha mãezinha, que dizia ter um terreiro onde os índios faziam seus rituais religiosos. Mas, nunca tinha ido tão longe como dessa última vez”. Conta o morador.

“Eu tinha ido procurar uma vaca que se desgarrou do bando e ela já estava muito longe, quando eu cheguei lá naquele ‘torrão’ e comecei a olhar com mais cuidado.” Disse emocionado Francisco. “Foi daí que tive a certeza de que o que os antigos diziam era verdade. Eu achei dois objetos no lugar, um que parece ser uma cabeça de um índio e o outro como um ouriço de castanha com algum material dentro.” Ele acrescenta. “Quando a gente balança ouve esse objeto lá. Agora não sei como foi parar lá dentro já que não tem furo e não parece ser de argila, barro ou ouriço.”

O terceiro é uma bola de pêlo que segundo seu Francisco foi expelido via oral por uma vaca.

“Este outro eu vi ser ‘escarrado’ por uma vaca. Ela ‘tava’ igual a gente mesmo como se quisesse baldiar e depois eu vi cair longe aquela bola. Quando peguei eu amassei e vi que era pêlo. Não sei como ela engoliu tudo isso!” Exclamou admirado Francisco.

Três objetos. Dois artefatos históricos e um bastante curioso. Seu Francisco guarda como se fosse ouro e talvez tenha verdadeiros tesouros aqui de valor inestimável que podem direcionar a uma rica e importante história dos seus antepassados.

O torrão dos índios muitos já ouviram falar, poucos moradores conhecem e menos ainda sabem como chegar até lá. A várzea é tão intrigante e a natureza tão perfeita que nos faz esperar o período de vazante para poder pensar em acompanhar seu Francisco para uma jornada até este lugar que reserva o místico e a história preservados pela cheia do rio no interior da mata. Uma nova aventura virá e desta vez pelo interior da comunidade.

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