Valdir Matos

Valdir Matos

As mãos que fazem a cara do Fobó há 83 anos no carnaval de Óbidos

Valdir Marinho de Matos, nascido em Óbidos dia 12 de abril de 1922, pai de 17 filhos, com ainda 15 vivos começou muito precoce, confeccionar mascaras aos 8 anos de idade

ÓBIDOS - Nosso carnaval, traz um histórico remoto aos nossos dias, importado pelos nossos colonizadores ao Brasil, foi aos poucos se perdendo as características primarias de origem europeia, paulatinamente suas modificações ocorreram de acordo com as peculiaridades dos povos que começaram a habitar cada recanto do pais.

Em Óbidos, pouco se sabe exatamente como tudo começou, mas é pertinente afirmar que o inicio do século passado essa manifestação cultural e aos moldes amazônicos estava presente na vida agitada da então cidade mais militarizada do coração da Amazônia.

Ao passar dos anos com todas as intercalações politicas, sociais e econômicas da época, havia quem tinha lugar de destaque nas criações carnavalescas na cidade presépio.

O Carnaval em Pessoa

Para refrescar a memoria viva e autentica e dos saudosos, vários Blocos já o homenagearam o Senhor Valdir Matos, artista plásticos fazedor de cultura remanescente do inicio do século onde tudo em carnaval nesta terra ganhou proporções e identidades próprias.

Valdir Marinho de Matos, nascido em Óbidos dia 12 de abril de 1922, pai de 17 filhos, com ainda 15 vivos começou muito precoce, confeccionar mascaras aos 8 anos de idade para brincar o carnaval de rua, desta forma um total de 84 anos modelando o rosto e cara do Mascarado Fobó. Influenciado pelo seu amigo que mais tarde se tornaria compadre saudoso Esteliano, que repassou o legado que a pelo menos oitenta e quatro anos é ofício na casa desse carnavalesco apaixonado por Óbidos.

O senhor Valdir matos passou por todo processo de aprimoramento do carnaval conduzido por marchinhas nacionais até a mudança para as musicas de filhos de Óbidos no final do século passado.

Esse ícone da cultura obidense questionado pelo Portal Obidense da importância para ele dessas homenagens em vida feita por vários blocos de Óbidos, no que ele dedicou sua trajetória (O CARNAVAL DO MASCARADO), ele finalizou dizendo “É um momento muito importante e de extrema felicidade para mim com 93 anos de idade  e minha família que amamos carnaval, acompanhei  por muitos anos brincando pulando, sempre fantasiado claro, e em todos os anos tenho a mesmo empolgação, apesar de não poder caminhar mas sempre sou levado de carro que sai fantasiado ( ...risos...), esse carnaval de rua é o melhor que já participei em toda minha vida na terra do mascarado fobó, que tem uma historia que se confunde com a minha”.

As mascarás são confeccionadas na própria residência do artesão, que produz cada peça como se fosse a primeira, tudo feito artesanalmente com os mesmos materiais que Valdir usou aos 8 anos, ainda quando estava aprendendo, barro do lago Pauxis, goma de tapioca e papel usado.

As máscaras do seu Valdir são muito procuradas por turistas e filhos de Óbidos que regressam a cidade mais portuguesa da Amazônia como souvenir para presentear amigos, usar no carnaval e decorar residências de verdadeiros pauxiaras.

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