No Muratubinha

No Muratubinha

Após anos sofrendo com a estiagem, a união e a força da comunidade resolveu o problema com a construção de uma barragem.

Após a resolução do problema natural, a comunidade resolveu outro situação que foi incluir a escola Antônio Carvalho de Moraes do programa do governo Federal.

ÓBIDOS - A vazante traz consigo uma mudança radical na vida dos ribeirinhos. A cheia inunda os campos, invade às casas traz fartura, porém muitos problemas sociais.

A vazante não é diferente ou talvez cause mais prejuízos, a seca revela lugares, onde antes, escondidos pela água do Majestoso rio Amazonas, praias e campos antes submersos, hoje revelados em sua essência.

O mesmo acontece com as demais comunidades ribeirinhas que ficam a margem do Amazonas tudo à mostra.

No Muratubinha, comunidade de várzea localizada a aproximadamente 11km da cidade de Óbidos, via fluvial, há anos os moradores desenvolveram uma técnica que deu certo no tempo de seca para que o igarapé não ficasse no seu máximo de esvaziamento.

A ideia de construir uma barragem surgiu quando em 2013 a estiagem castigou a comunidade e o igarapé que dá acesso ao interior do Muratubinha secou tanto que a caminhada, dos moradores mais adentro da comunidade, durava quase uma hora para chegar à margem do Amazonas.

Os moradores se mobilizaram e juntaram forças para evitar que na estiagem o igarapé secasse tanto ao ponto de evitar o fluxo de pequenas embarcações.

Logo, a meta era fazer uma barragem que mantivesse o nível do igarapé propício ao deslocamento até a margem do Amazonas de rabeta ou canoa. A barragem foi erguida bem na entrada do igarapé e deu certo. Nas seguintes estiagens o igarapé resistiu à seca.

Na educação a escola Antônia Carvalho de Moraes teve um anexo do programa Federal “Mais Educação”. Com recursos do programa e ajuda da própria comunidade a sala ganha forma para atender os estudantes. A sala é construída de acordo com a realidade da região. Alto assoalho.

A estiagem nos REVELA muitos detalhes que durante a cheia ficam submersos. Andar por estes lados nos dois períodos é uma grande oportunidade de observar e vivenciar o que a região tem a oferecer de mais desafiador e belo. Uma realidade difícil de encarar que o ribeirinho já se acostumou.

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