14/12/2023 às 11h34min - Atualizada em 14/12/2023 às 11h34min

Balsas e caminhões: entenda a rota da droga que vem da Colômbia para o DF

Um grupo de tráfico internacional foi alvo de operação da Polícia Federal e da PMDF, com 43 ordens judiciais cumpridas, com nove prisões. Facção Comboio do Cão está entre os recebedores dos entorpecentes

Da Redação
Correio Braziliense

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Polícia Civil do Estado do Amazonas interceptou duas toneladas de drogas e fuzis em caminhão - Foto: PCAM/Divulgação

BRASIL - A entrada de drogas vindo da Colômbia no Distrito Federal envolve um articulado esquema que vai do aliciamento de "mulas" (pessoa que transporta) ao meio utilizado para fazer o carregamento. A operação Rei do Skunk, desencadeada pela Polícia Federal (PF) com o apoio da Polícia Militar (PMDF), teve como alvo uma quadrilha de tráfico internacional. Foram cumpridas 43 ordens judiciais, das quais nove são de prisão temporária. O Correio apurou que, entre os recebedores desses entorpecentes, estão os integrantes da facção Comboio do Cão.

A quadrilha tentou armar um método para despistar a polícia e conseguir entrar na capital com o carregamento. Só este ano, os traficantes planejaram abastecer o DF com quase três toneladas de drogas, entre cocaína e skunk, e cinco fuzis. Segundo as investigações, os criminosos utilizavam empresas de transporte de mudanças interestaduais sediadas em Brasília para traficar as drogas e as armas.

Veículo interceptado

Os produtos costumavam ficar armazenados em galpões vinculados aos investigados e, posteriormente, eram destinados aos grupos, como o Comboio do Cão. Em abril, a quadrilha cooptou um motorista de caminhão para trazer 700kg de cocaína do Amazonas para o solo brasiliense. A "mula" conduzia um caminhão de mudança do município de Rio Preto da Eva para Manaus. Antes de chegar à capital do Amazonas, policiais militares do Batalhão Ambiental interceptaram o veículo e encontraram a droga.

Ao Correio, o delegado Mário Paulo Telles, diretor do Departamento de Repressão ao Crime Organizado (DRCO) da Polícia Civil do Estado do Amazonas (PCAM), conta que, em junho, os traficantes articularam uma nova tentativa com o mesmo método. "O caminhão carregava quase duas toneladas de entorpecentes e cinco fuzis. O veículo conseguiu chegar a Manaus e estava prestes a embarcar numa balsa, no Porto, quando fizemos a abordagem", ressalta.


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