PARINTINS - O Garantido venceu o 51º Festival Folclórico de Parintins com 488,8 pontos. O vermelho e branco levou para o bumbódromo o tema ‘Celebração’. A avaliação dos jurados foi conhecida no início da tarde desta segunda-feira (27).
Na abertura do festival, com o subtema ‘Ancestralidade’ o Garantido mostrou, por meio de alegorias, música e coreografia, o ritual indígena Karajá, que traz uma visão do ‘fim apocalíptico e do renascimento’. Também foi apresentada a diversidade cultural do boi e suas influências do folclore e de diversas religiões. O Garantido levou 209,2 pontos.
Na segunda noite, realizada no sábado (26), o espetáculo vermelho e branco iniciou com a figura típica regional ‘Romeiros da Fé’. A toada ‘Nossa Senhora de Parintins’ abriu a apresentação do bumbá vermelho e branco.
A festa foi encerrada na madrugada desta segunda-feira (27), após uma noite de avaliação parcial, isto é, para fins de nota, foram considerados apenas os seguintes itens: apresentador, levantador de toadas, batucada ou marujada, amo do boi, boi-bumbá evolução, toada, letra e música e galera.
Apuração
Para cada bloco artístico, foram dadas duas notas e a menor foi descartada. Apenas seis jurados participaram da comissão e vieram da Paraíba para avaliar o Festival.
Antes da abertura dos malotes com as notas, o presidente da comissão julgadora, Paulo Vieira, leu um relatório com as acusações apresentadas pelas agremiações e todas foram julgadas improcedentes. “Os bumbás devem rever o regulamento, para que a comissão julgadora se remeta apenas a avaliar apenas a atividade artística do festival”, recomendou ele.
Caprichoso
Na primeira noite, realizada na última sexta-feira (24), a religiosidade esteve presente na apresentação do boi Caprichoso, que começou pontualmente às 23h. A agremiação faturou 209,4 pontos. Já na segunda noite (25), o azul abordou a temática “Viva Nossa Floresta”.
No item, figura típica regional, Nossa Senhora do Carmo também estava representada em uma grande escultura como parte da alegoria ‘O Pescador’. O boi azul ressaltou a importância do trabalho desse profissional e da pesca tradicional de subsistência, característica da região amazônica devido à dinâmica de enchentes e vazantes dos rios.