10/09/2022 às 01h58min - Atualizada em 10/09/2022 às 01h58min

Elevação do Amazonas a categoria de província, da expectativa a realidade

O que a data representa para o amazonense e sua importância na história

Por: Walmir Ferreira e Gracy Aguiar

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Homenagens à Tenreiro Aranha - Marco da elevação do Amazonas a categoria de província - Foto: Walmir Ferreira


AMAZONAS – O mês de setembro para o amazonense deveria ser de muita reflexão, sentimento de amor e comemorações, pois no dia 05 de setembro de 1850 a capitania de São José do Rio Negro foi elevada à categoria de província pela lei Nº 582, quando passou a ser chamada de Província do Amazonas.


Mas, outro fato importante aconteceu nessa data que o amazonense aos poucos vai esquecendo, que é a independência e separação do estado do Grão-Pará, porém somente dois anos depois, em janeiro de 1852 com a nomeação do novo presidente, João Batista Figueiredo Terreiro Aranha, colocou-se em prática.

Também foi instituído no dia 05 de setembro de 2007 o dia da Amazônia, através de projeto de lei Nº 11.621. Em homenagem ao Príncipe Dom Pedro II por ter instituído e assinado o decreto para a criação da província do Amazonas.

São muitos os contextos para se explicar a importância desses 3 grandes acontecimentos, porém depois de 172 anos a história perde força e o significado de vitórias e conquistas aos poucos são esquecidos.



A história faz parte do conceito de cultura de um povo e que deve ser relembrado sempre, porém o próprio governo contribui para isso não acontecer, onde suas peças publicitárias, não dão a importância devida para o que é fato e as práticas são quase inexistentes.

Mas o projeto Passo a Paço, que aconteceu durante 4 dias em Manaus, onde reuniu cantores de várias regiões do Brasil, inclusive do Pará, estado que antes o Amazonas pertencia. Realizado pela prefeitura logo notou-se que nada tinha haver pois, não se tratava de uma ação do estado.



Click aqui e saiba mais – Passo a Paço vai reunir em média 600 artistas.

Mas para que devemos chamar a atenção de fato para um trabalho inexistente de preservação da memória da essência que são a conservação dos monumentos.



Monumento apagado

Trata-se de uma peça em bronze, de aproximadamente 2 metros de altura, com base em granito. Foi trazido da Itália e montado em 1907 na antiga praça Tamandaré (hoje praça Adalberto Vale, ainda chamada de Tenreiro Aranha, onde fica a Feira de Artesanato). Foi transferido para a Praça da Saudade em 1932. É uma obra do final do período áureo da borracha.
 
Poucos amazonenses sabem que existem um monumento na Praça da Saudade em Manaus, que devido à falta de cuidados aos poucos está perdendo sua essência e tendem a desaparecer. Ele foi criado para simbolizar esse marco histórico, o então deputado Silvério José Nery, em pronunciamento à Assembleia Legislativa Provincial no dia 11 de maio de 1883, sugeriu a construção de um monumento. Composto por uma coluna, em granito, com inscrições, nas quatro faces, das datas mais importantes da história da Província. Sobre a coluna, seria colocado um busto de Tenreiro Aranha, em bronze.

Mas hoje, se encontra depredada, suja e pinchada, ocupada por moradores de rua, devido ao ambiente feio e velho, muitos que passam por lá, nem notam o simbolismo do marco histórico do atual estado do Amazonas, sua elevação e independência.

A própria praça está praticamente abandonada, com odores fétidos, lixo e algumas partes prédios abandonados como a antiga biblioteca, onde funcionou a escola de magistratura do Amazonas, berço de importantes debates de personalidades do estado do Amazonas.

 


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