01/07/2023 às 11h08min - Atualizada em 01/07/2023 às 11h08min

Baleia jubarte é resgatada após ficar presa em cabo de pesca em Ilhabela

Ainda de acordo com os biólogos que realizaram o corte do cabo e a liberação, outra baleia jubarte menor, que media de seis a sete metros, acompanhava o animal maior

Da Redação
correiobraziliense.com.br

Portal Obidense  Publicidade 790x90

FOTO : Grupo de Ecologia de Cetáceos, Universidade de Queensland

BRASIL Uma baleia-jubarte foi liberada em Ilhabela, litoral norte de São Paulo, na terça-feira (27/6) após ficar presa em um cabo de pesca de cerca de 80 metros. Segundo a equipe do Instituto Argonauta que fez o resgate, a baleia tinha aproximadamente de oito a nove metros. O cabo de nylon com poita (peso para manter a linha no fundo) estava preso na sua cauda. Ainda de acordo com os biólogos que realizaram o corte do cabo e a liberação, outra baleia jubarte menor, que media de seis a sete metros, acompanhava o animal maior. 

O desemalhe de uma baleia é considerada uma atividade extremamente arriscada e que precisa ser feita seguindo protocolos específicos. "Quando as pessoas tentam, nas melhores das intenções, fazer o desemalhe para ajudar o animal, acabam se colocando em risco e comprometendo, na maioria das vezes, a operação. As equipes utilizam equipamentos específicos para minimizar o risco da baleia causar ferimentos às pessoas que estão tentando ajudar. Importante também lembrar que, não se deve, em hipótese alguma, entrar na água para tentar desemalhar o animal", enfatiza o biólogo do Instituto Argonauta Manuel da Cruz Albaladejo. 

Nesta época do ano, é comum a presença de baleias no litoral norte paulista. "As baleias jubartes migram da Antártica para a costa sul da Bahia durante o inverno, para reprodução e amamentação. Durante seu deslocamento são avistadas na região do litoral norte, um dos caminhos da sua longa trajetória", explica a diretora executiva do Instituto Argonauta, a bióloga Carla Beatriz Barbosa.

Depois que sua caça foi proibida, a população das jubartes no Oceano Atlântico sul está em plena recuperação. Mas, a espécie sofre com outras ameaças, como a pesca incidental, que é quando acabam se enroscando em algum petrecho de pesca. Elas ainda correm risco de ser atropeladas por lanchas, barcos ou navios.


Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp