17/04/2024 às 14h27min - Atualizada em 17/04/2024 às 14h27min

Advogada tenta despachar arraias como se fossem tucunarés em aeroporto

Suspeita de tráfico de animais foi solta após pagar fiança. Ela responderá pelo crime em liberdade

Da Redação
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AMAZONAS - Quatorze arraias-olho-de-pavão (Potamotrygon motoro) traficadas foram apreendidas semana passada no Aeroporto de Manaus (AM), onde receberiam mais oxigênio antes de seguir viagem. Os animais iam para São Paulo (SP), para serem vendidos ou seguirem em voos internacionais.

No intento de burlar a fiscalização, os peixes foram declarados nas guias de transporte como tucunarés (Cichla vazzoleri), outra espécie comum no continente americano. Todavia, um fiscal desconfiou da discrepância entre carga e descrição e mobilizou o flagrante.

A advogada que tentou despachar as arraias foi detida pela Polícia Federal e responderá por crimes de falsidade ideológicabiopiratariamaus-tratos e exportação ilegal de animais. Ela pagou fiança e foi solta. Desde janeiro de 2022, ela enviou 628 pacotes com características semelhantes, mostram registros aduaneiros.

Os animais foram repassados a um Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), do Ibama. A arraia-olho-de-pavão atinge um metro de comprimento e até 15 quilos. A espécie é ameaçada de extinção no Brasil, mas tem alta busca por criminosos para ser criada e exibida em grandes aquários de água doce.

Conforme a Receita Federal, casos de tráfico de espécies silvestres são considerados “delitos menores” pela população, mas financiam o crime organizado que trabalha com drogas, armas e munições através das fronteiras e do território brasileiros.

Matéria originalmente publicada pelo O Eco, com informações da Freeland Brasil, A Crítica e G1.

 

 


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