03/05/2020 às 20h23min - Atualizada em 03/05/2020 às 20h23min

Curta-metragem, real ou imaginário “A Noiva do Museu” produzido em celular | Portal Obidense

O filme foi produzido por alunos do 2° ano da escola São José, que usarem celulares para filmar e fazer as edições. Conta a história de um drama entre dois jovens com final triste

Por: Walmir Ferreira


ÓBIDOS – A teoria do Menos é mais, é mostrada na prática por alunos do 2° ano da escola São José em Óbidos no oeste do Pará. Em um cenário de crise econômica e de mudanças nas formas de trabalho, sobretudo por conta do ritmo frenético ditado pela tecnologia, faz-se necessário um recuo. Entenda-se recuo como um momento de reavaliação, planejamento e estabelecimento de metas.

Foi com essa intenção e foco, além de conhecer a tecnologia e pesquisar mais sobre a história e lendas da cidade de Óbidos, que saiu a obra do curta metragem “A Noiva do Museu.

O filme teve como cenário a cidade de Óbidos nos dias atuais com a história de uma Óbidos do século 30. A equipe incluindo atores, todos alunos da Escola do segundo ano. Usaram a criatividade para captar áudio, imagem e figurino, incluindo a sonoplastia de fundo com a história sendo narrada e encenada por jovens estudante que se transformaram em atores.

Falamos com o aluno Jônatas Ferreira Lima: “Fizemos o filmes em vários momentos, procuramos ter o cuidado para que tudo saísse como planejado, não foi 100% e nem podia ser, mas todos se envolveram, minha parte foi a edição, fiz tudo em meu celular, fizemos as tomadas, os áudios da fala dos atores também usamos o celular de uma colega e você vai ver que não ter ruídos, a altura está ótima, não gastamos quase nada, caprichamos até no pôster do filme”.

Veja os atores e seus personagens: Jéssica Loyanne Almeida Silva (Orminia) - Vinícius Matos Lopes (Militar) - Izadora Pereira Garcia (Mãe de Orminia) - Mário Sérgio Moraes de Azevedo (Pai de Orminia). Além dos figurantes.



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A noiva do Candelabro (Noiva do Museu) – Texto Matéria Portal Obidense.

Conta os mais idosos em suas cadeiras de balanço, um fato que marcou a memória dos obidenses no final da década 30. O amor marcado pela tragédia, a fatalidade de uma notícia que circulava pelas ruas estreitas da cidade.


Orminia havia se envenenado, toda de branco, vestida e uma falsa certeza.

O cenário: No casarão, hoje o museu da cidade, morava a família do juiz da comarca, e juntamente Orminia, agregada a família. Enamorou-se de um militar de certa patente, que prestava serviço no quartel. (Hoje casa da cultura).


Todos os dias ela ficava na janela a sua espera, no final da tarde ele passava e deixava na rua uma extensão do amor de Orminia.

Então logo não demorou o noivado, a cidade sabedora de fatos secretos e públicos, não foi diferente. Todos sabiam a data do casamento, e a especulação por parte da população de quem seria convidada. Será que o fulano irá alinhado com a mesma roupa de domingo e que estampam as festas e cerimonias oficiais? Será que cicrano e suas filhas vão ser as mais vistas na festa com seus vestidos de seda? Será?

A cidade se resumiu apenas em um repertorio de conversas nas esquinas: O casamento da filha do juiz.
E como um temporal que arrasta embarcações levando o desespero de seus tripulantes, a cidade foi inundada por uma notícia que marcaria profundamente as estórias de amor.
O amor de Orminia era também o amor de jurema, filha de um certo Nicolau, morador da rua das incertezas, número não tão importante, de um Bairro no Rio de Janeiro.

Jurema chegou a Óbidos ás cinco da tarde, no vapor vindo de Belém, chegou com suas certezas, chegou com intuito de resgatar as promessas levantadas no altar “que sejam felizes até que a morte os separe”...

No dia seguinte as janelas do casarão. Fato comprovado. A cidade se preparava para o grande cortejo, para o choro anônimo, para enterrar um amor que sairia do casarão para ilustrar as tardes de estórias que os mais antigos contam para quem quisesse ouvir. “Neste casarão ainda aparece a noiva do candelabro, vestida de branco, descendo e subindo escadas, ora aparece à janela como se olhasse o passado e visse o tempo que ainda não apagou sus lágrimas.

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