21/12/2015 às 19h07min - Atualizada em 21/12/2015 às 19h07min

No Vaticano, bispo de Óbidos (PA) defende direitos dos pobres, e que sua população luta dia a dia contra a pobreza extrema.

Dom Bernardo Johannes Bahlmann, O.F.M, bispo da Diocese de Óbidos surpreendeu os jornalistas presentes na Sala de Imprensa da Santa Sé ao contar que sua diocese tem as dimensões de metade da Itália.

De News.va

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Foto: Portal

VATICANO - Cidade do Vaticano (RV) – Dom Bernardo Johannes Bahlmann, O.F.M, bispo de Óbidos, no Pará, foi um dos apresentadores, nesta quinta-feira (17/12) do manual “Trabalhar pelos direitos humanos das populações que vivem na pobreza extrema”. Dom Bernardo surpreendeu os jornalistas presentes na Sala de Imprensa da Santa Sé ao contar que sua diocese tem as dimensões de metade da Itália, e que sua população luta dia a dia contra a pobreza extrema.

Um dos princípios do manual – dedicado a agentes que trabalham junto à pobreza extrema – é que esta não é inevitável, mas sim uma situação favorecida e perpetuada por ações e omissões dos Estados e de fatores econômicos. Mas os meios para erradicá-la existem e são alcançáveis. 

Visitando a RV, Dom Bernardo ressaltou a importância de este manual ser divulgado neste momento:

“É um momento muito oportuno para falar sobre este manual que estamos lançando sobre o combate à extrema pobreza, porque no mundo inteiro temos as dificuldades econômicas, a superação da pobreza. Este manual vai nos ajudar, sobretudo nas pequenas comunidades, as pessoas que vivem nesta situação a superar suas dificuldades. Este manual já foi experimentado em vários lugares do mundo. Com suas orientações, este manual, técnico, ajuda as pessoas a fazer um trabalho, sobretudo dentro de grupos sociais ou organizações, mais profissional ainda, e que possam articular, organizar e ver como superar a pobreza em que se encontram. É um trabalho muito bem feito, que também vai ser traduzido para português, e logo mais vamos poder distribui-lo também no Brasil. Nós também, da Amazônia, precisamos muito destas orientações porque sabemos que os projetos nem sempre são profissionais e têm sustentabilidade. Para ter um bom êxito, precisamos de uma boa base e o manual ajuda neste sentido, sobretudo aqueles que estão na liderança, que formam grupos, que acompanham, como as várias organizações, os franciscanos, as dioceses, a Caritas...”.

Segundo o bispo de Óbidos, o Papa Francisco, com a publicação da Encíclica Laudato si, é um precioso aliado no combate à pobreza extrema.
  “A Encíclica Laudato si teve um impacto  muito grande não só na Igreja, como também na humanidade, no mundo empresarial, nos atores da economia. É um documento que nos inspira, que nos dá um suporte, porque tudo isso significa que nós precisamos de uma orientação, de alguém que aponte para os problemas, como Papa Francisoc faz, mas também alguém que, ao mesmo tempo, nos provoque para buscar alternativas. Não adianta ficar só na denúncia; precisamos ver como oferecer algo que possa superá-la. Neste sentido, o Papa, que se inspira em São Francisco, tem dentro do seu olhar toda a Criação. Não é só uma questão do ser humano, ou só do meio ambiente. Muitas vezes, nós distinguimos uma coisa da outra, fragmentamos a Criação. Nós precisamos um olhar mais integrado da humanidade com a Criação, no sentido que nós sempre olhamos o todo do planeta. Sabemos como é importante que nós trabalhemos para o futuro”.


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