21/06/2023 às 11h08min - Atualizada em 21/06/2023 às 11h08min

Alertas de garimpo ilegal zeram pela primeira vez na reserva Yanomami

Faram registrados 33 dias sem novas notificações, período mais longo desde quando o monitoramento começou, em agosto de 2020

Da Redação
Jovem Pan

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FOTO: Jovem Pan

BRASIL - De acordo com os dados do satélite da Polícia Federal (PF) já são 33 dias sem alertas de garimpo ilegal na Reserva Indígena Yanomami, em Roraima. Em maio e abril do ano passado, a região somava 538 alertas. Neste ano, no mesmo período, o volume caiu para 33, redução de 93%. Agora, os alertas estão zerados. Para identificar o garimpo no meio da floresta, o sistema via satélite usado pela PF captura se houve desmatamento comum à atividade garimpeira. A queda nas ocorrências é percebida desde o início deste ano, quando foram deflagradas ações da PF contra os criminosos ambientais. Entre elas, a Operação Libertação, que informou o dado de que esta é a primeira vez, desde quando o monitoramento começou, em agosto de 2020, que não foram registradas novas áreas sendo exploradas por um período tão longo. O levantamento apurou os dados desde a última ocorrência até o último dia 8, e as imagens de satélites são processadas diariamente e consolidadas a cada sete dias. 

A PF ainda informou que começa uma nova fase da Operação Libertação no território e que o foco é ocupar áreas dentro da reserva para assegurar a retomada da normalização da prestação de serviços básicos ao povo indígena. Alvo de garimpeiros ilegais há décadas, a região é o maior território indígena do Brasil, com 10 milhões de hectares (equivalente ao Estado de Pernambuco). O recente avanço da atividade ilegal tem prejudicado o território e, no ano passado, a devastação chegou a 54%, cenário que tem mudado com as operações deflagradas pela PF, desde janeiro deste ano.


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