29/10/2017 às 07h51min - Atualizada em 29/10/2017 às 07h51min

Ribeirinhos pedem transporte na várzea e um pouco mais atenção na ajuda entre a subida das águas e a seca avassaladora.

Por: Elialdo Junior

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Fotos: Nethy Matos e Rafaela Aquino - Comunidade Santa Rita

ÓBIDOS - A Comunidade Santa Rita é uma imensa área à margem direita do Rio Amazonas pertencente ao município de Óbidos, Oeste do Estado do Pará. O vilarejo, nas suas entranhas, reúne aproximadamente 15 famílias. A maioria depende da produção e pesca.

Na época de seca, para se chegar ao interior da comunidade são necessários 40 (quarenta) minutos aproximados de motor rabeta (pequenos botes movidos a motor) da orla do centro da cidade de Óbidos à margem da localidade em frente ao Rio Amazonas. Mais 15 (quinze) minutos em uma menor rabeta, por conta do baixo nível do igarapé Santa Aninha, depois são necessários mais 25 a 35 minutos de caminhada até as famílias residentes às margens do lago Santana. Todo esse esforço é mínimo quando comparado à lida diária em que os moradores sofrem ao fazer o escoamento da produção e do pescado.

"É muito difícil pra gente. A forma que a prefeitura poderia nos ajudar é com transporte." Relatou Maria de Lourdes Vieira, moradora.

Para as 15 famílias que residem nessa parte da comunidade um transporte simples poderia amenizar a situação das famílias. Uma CARROÇA e o BOI para fazer a condução dos produtos até a margem do Amazonas.

Outro problema é com relação a água para consumo. A mesma dificuldade para chegar ao local é ainda maior quando se compara ao transporte da água do rio Amazonas ao interior da comunidade. Um desafio quase que diário para os ribeirinhos.

"Nós construímos uma cacimba para armazenar a água do lago que está secando. Mas, a água é mais para os afazeres domésticos. Não dá pra consumir. Se tivesse o mínimo de transporte ia melhorar demais pra gente." Disse Mario Couto, pescador.

O lago Piedade secou completamente. Hoje é uma grande área de pasto. O lago Santana está com pouco mais de 25 centímetros de profundidade no meio e 20 centímetros na margem. Mesmo com tanta adversidades os pescadores ainda conseguem várias espécies como tucunaré, pescada, acari e curimatá. Vidas difíceis de pessoas que não perdem a fé e a perseverança de dias melhores.

Veja o video resportegem - desligue a rádio no canto direito, para ouvir o audio da reportagem com Elialdo Junior


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