01/11/2023 às 16h44min - Atualizada em 01/11/2023 às 16h44min

São João Batista, um patrimônio Cultura do Povo Obidense?

No próximo dia 02, o mundo todo se prepara para referenciar seus entes queridos. Data está que nos traz muitas recordações e saudades

Prof. Carlos Augusto Sarrazin Vieira

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Saudades eternas

ÓBIDOS - Vamos ressaltar a origem dessa data, segundo a Igreja Católica, "O dia de finados foi instituído no ano de 998 pelo abade Odilo, na abadia beneditina de Cluny, na França. Foi Odilo que estabeleceu o dia 02 de novembro data oficial, como uma forma de unificar as comemorações aos mortos nesse dia.

Porém, povos préhispanicos no México, já reverenciavam seus mortos, tal como reverenciamos hoje. No decorrer do século XI, os Papas Silvestre II, João XII e Leão IX tornaram obrigatório a comunidade católica a dedicar esse dia aos mortos.

Esta semana em visita ao Cemitério São João Batista, de nossa cidade, tive a oportunidade de observar que nosso centenário "campo santo", que teve sua gênese na primeira metade do século XIX, quando substituiu o antigo cemitério localizado nas proximidades da Praça Barão do Rio Branco, conhecida como Praça de Sant'Ana, está limpo, iluminado, mas vem sendo depredado por vândalos que buscam retirar dos túmulos, os ornamento de metais para serem vendidos como sucatas.

Sepulturas de pessoas que fizeram parte de nossa história, como: Antônio Brito de Souza, Tenente Pedro Muniz, senhor Ayres entre outros, assim como obras que vieram certamente da Europa, estão sendo quebradas e destruídas. Atualmente existe uma preocupação de populares com os túmulos de seus antepassados, onde muitos são obrigados no dia 02 pela parte da noite, a retirar e levar para suas residências os ornamentos de metais, caso contrário, certamente não amanhecerão.

Nosso cemitério precisa ser tombado como patrimônio público municipal e cultural de Óbidos, pela importância de fatos que se tornaram esquecidos, como é o caso da sepultura conjunta dos náufragos do Sobral Santos, como forma de eternizar esse acontecimento que se tornou o maior naufrágio da Amazônia, tanto em número de vítimas como de impunidades, e construir um memorial desse trágico acontecimento. Temos também um túmulo bastante visitado, que posso dizer de um santinho popular chamado Sálvio (em breve estarei escrevendo sua história), que segundo depoimentos de muitas pessoas, que já tiveram seus pedidos atendidos.

Face aos fatos acima narrados, aqui fica minha solicitação as autoridades competentes a tomarem as providências cabíveis, tanto no sentido de uma maior vigilância, como forma de evitar a depredação, como na transformação através de uma lei municipal, em patrimônio público e cultural de nosso município.


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