03/10/2022 às 09h38min - Atualizada em 03/10/2022 às 09h38min

PL, partido de Bolsonaro, terá as maiores bancadas na Câmara e no Senado | Portal Obidense

Ele será seguido pela federação formada pelo PT, PV e PCdoB, aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 80 deputados.

Antonio Vital
Da Rádio Câmara

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Imagem da Internet
BRASIL - Com a apuração quase concluída, na madrugada de segunda-feira depois do primeiro turno das eleições, as projeções indicavam que o PL, partido do presidente Jair Bolsonaro, terá a maior bancada na Câmara no ano que vem, com 99 deputados. 
 
Ele será seguido pela federação formada pelo PT, PV e PCdoB, aliados do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, com 80 deputados. 

 
Hoje, o PL tem 76 deputados e a federação do PT tem 68. 
 
Depois do PL e da federação do PT, PV e PCdoB, as maiores bancadas no ano que vem na Câmara serão a do União Brasil, com 59 deputados; a do PP, com 47, e a do MDB, com 42 
 
Esse cenário de polarização entre os partidos de Lula e de Bolsonaro repete 2018, quando o PT elegeu 54 deputados e o PSL, então partido de Bolsonaro, 52. 
 
O tamanho das bancadas é fundamental para a atuação parlamentar. As presidências das comissões e as vagas na Mesa Diretora são definidas a partir da proporcionalidade partidária, ou seja, as maiores legendas ou blocos ocupam os cargos mais importantes. 
 
A composição da Casa também tem impacto direto na governabilidade do presidente eleito, já que ele terá de negociar a votação das pautas prioritárias com as legendas. E especialistas apontam que, devido à fragmentação partidária e à polarização política, o presidente que for eleito no segundo turno terá dificuldades em manter uma base sólida na Câmara. É o que disse a cientista política Graziella Guiotti Testa, da Fundação Getúlio Vargas. 
 
"De toda forma não vai ser algo fácil. Seja qual for o presidente que for assumir, vai ter dificuldade de governabilidade. Porque, além dessa dimensão institucional, tem também a dimensão da polarização, a dimensão ideológica. Então quanto mais díspares são os partidos políticos e os parlamentares, do ponto de vista ideológico, mais difícil deles concordarem em construir uma coalização de governo." 
 
Outro cientista político, Adriano Oliveira, da Universidade Federal de Pernambuco, traçou cenários para a possível relação dos deputados com o futuro presidente, no caso de eleição de Jair Bolsonaro ou Lula. 
 
"Não seria simples nós afirmarmos: vamos ter um Congresso conservador ou não conservador. O que na verdade nós vamos ter é se teremos um Congresso em que o presidente da República vai ter maioria ou não. Eu vejo que no governo Lula as pautas principais serão econômicas e sociais, em detrimento das pautas morais. Se o presidente Bolsonaro vier a ser reeleito, nós poderemos ter a aprovação de reeleições indefinidas para presidente da República. Nós poderemos ter o aumento no número de ministros do STF. Além disso, vamos ter pautas morais fortes." 
 
No Senado, partidos aliados do presidente Jair Bolsonaro ficaram com a maioria das cadeiras em disputa. O PL, partido do presidente, elegeu oito das 27 vagas. Outros partidos da base governista, como PSC, PP, Republicanos, elegeram seis. O PT, partido do candidato Luiz Inácio Lula da Silva, elegeu quatro. E o PSB, partido do candidato a vice de Lula, Geraldo Alckmin, apenas um. 
 
Com isso, o PL vai ocupar 14 cadeiras no Senado, ou seja, assim como na Câmara, o partido do presidente da República terá a maior bancada da Casa. Para Graziella Guiotti Testa, o resultado foi uma demonstração de força do bolsonarismo. 
 
"Para o Senado a gente tem visto que o apoio do Bolsonaro deu muitos frutos. A gente tem aí Hamilton Mourão, a própria Damares Alves, aqui pelo DF. Este apoio bolsonarista deu muitos frutos no Senado." 
 
Apesar de ter obtido apenas quatro das 27 cadeiras em disputa no Senado, a bancada do PT aumentou de sete para nove senadores. 
 
Entre os senadores eleitos estão os atuais deputados Efraim Filho (UNIÃO-PB),  Alan Rick (UNIÃO-AC)Professora Dorinha (UNIÃO-TO) e Tereza Cristina (PP-MS), Laercio de Oliveira (PP-SE)Hiran Gonçalves (PP-RR).

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