13/07/2024 às 11h01min - Atualizada em 13/07/2024 às 11h01min

Lula nega que o relógio Piaget tenha sido presente em mandato

Declaração contradiz o que foi dito por ele a aliados, segundo a imprensa

Da Redação
Pleno News

Relógio Piaget no braço de Lula durante agenda em 2022 Foto: Lula/Ricardo Stuckert

BRASIL - A equipe do Palácio do Planalto negou que o relógio Piaget do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) tenha sido um presente que ele ganhou durante seus dois primeiros mandatos. A assessoria, no entanto, não especificou a origem do objeto de luxo, que é avaliado em cerca de R$ 80 mil.

– [O relógio Piaget] não foi recebido durante nenhum dos mandatos dele – disse a equipe em entrevista ao Estadão.

A declaração do Planalto contradiz a versão que o petista deu a aliados, segundo reportagens em 2022. De acordo com a Folha de S.Paulo e o Metrópoles, durante evento em março daquele ano, Lula relatou a pessoas próximas que recebeu o relógio de presente enquanto estava no cargo de presidente.

Caso de fato o tenha recebido no exercício de seus mandatos, Lula deveria ter declarado o relógio no sistema da Presidência. Em nota, a assessoria de imprensa do chefe do Executivo disse que “tudo que o presidente recebeu na Presidência está catalogado conforme legislação”.

Já no caso do relógio Cartier, avaliado em R$ 60 mil, Lula já confirmou que foi um presente recebido em um de seus mandatos. Em live no mês de julho de 2023, ele disse que o objeto ficou perdido por anos e achado em uma gaveta posteriormente. Ele conta que trata-se de um presente recebido em 2005 por parte do presidente francês da época, Jacques Chirac.

Nesse caso, o relógio foi declarado e passou por auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU). A Corte concluiu que o relógio foi registrado como um presente da própria Cartier.

A declaração do Palácio do Planalto sobre o relógio Piaget ocorre na esteira do indiciamento do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) no caso das joias recebidas por ele durante seu mandato em visita a Arábia Saudita. O ex-líder do Planalto é acusado de organização criminosa, lavagem de dinheiro e peculato. Bolsonaro frequentemente aponta o caso do relógio de Lula para defender que tem sido perseguido por motivos políticos.

 


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