03/10/2022 às 09h32min - Atualizada em 03/10/2022 às 09h32min

Lula e Bolsonaro disputam segundo turno da eleição presidencial | Portal Obidense

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e o atual presidente Jair Bolsonaro, do PL, dominaram o primeiro turno da eleição à presidência da República e adiaram a decisão para o segundo turno, no dia 30 de outubro

José Carlos Oliveira
Da Rádio Câmara

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Imagem da Internet
BRASIL - O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, do PT, e o atual presidente Jair Bolsonaro, do PL, dominaram o primeiro turno da eleição à presidência da República e adiaram a decisão para o segundo turno, no dia 30 de outubro. Na votação deste domingo, Lula terminou em primeiro lugar, com 48% de apoio dos eleitores, enquanto Bolsonaro ficou com 43%. Simone Tebet, do MDB, foi a terceira colocada, com 4% dos votos, e Ciro Gomes, do PDT, terminou com 3%. Os demais candidatos não chegaram a 1% do total de mais de 122 milhões de votos. Cerca de 20% dos eleitores não compareceram às urnas. Em números absolutos, Lula teve cerca de 6 milhões de votos a mais do que Bolsonaro. No acompanhamento da apuração na Rádio Câmara, a cientista política Graziella Guiotti Testa, da Fundação Getúlio Vargas, ressaltou a necessidade de Lula e Bolsonaro construírem, desde já, a governabilidade possível para o mandato que começa em 2023.
 
“Vai ser um desafio nos dois casos. A questão toda é entender quais vão ser os movimentos do Judiciário no sentido de reprimir ou não o orçamento secreto. E se a estratégia de Lula ou de Bolsonaro será a mesma que eles usaram em outros tempos. Acho que essa construção da governabilidade é muito parecida com o tipo de acordo que precisa acontecer dentro da sociedade. Essa alta polarização que existe, sobretudo em relação à pauta de costumes, passa a ser difícil de trabalhar na construção de governabilidade também. Então, vamos ver se a gente vai conseguir se reconciliar como sociedade e procurar aqueles pontos que são comuns”.

 
Também comentarista da Rádio Câmara, durante o primeiro turno, o cientista político Adriano Oliveira, da Universidade Federal de Pernambuco, destacou a tendência dos dois candidatos quanto às futuras negociações com os governadores.
 
“O ex-presidente Lula vai dialogar com todos os governadores, independentemente dos partidos. E vai dialogar com os prefeitos. No caso do presidente Bolsonaro, ele já demonstrou claramente que não tem disposição para dialogar, principalmente com governos que ele considera de esquerda”.
 
Já o consultor político Antônio Augusto de Queiroz, ouvido pela TV Câmara, projeta mudanças no perfil de um dos candidatos.
 
“No segundo turno, ele vai ser o Bolsonaro ‘paz e amor’, porque já consolidou os votos ‘talibãs’ dele e precisa convencer o pessoal. E a diferença em torno de 5% não é muita coisa para uma disputa presidencial”.
 
Em pronunciamento, na noite de domingo, Lula classificou o segundo turno como uma “prorrogação” e manifestou a intenção de iniciar imediatamente a busca de novos apoios. Já Bolsonaro fez críticas às pesquisas eleitorais e disse que o foco da campanha do segundo turno será nas classes menos favorecidas.


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