BRASIL - Divulgados pelo Inep, Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira, os dados mostram que o percentual de alunos com dificuldade para ler e escrever passou de 15,5%, em 2019, para 33,8% no ano passado. As informações do Saeb, Sistema de Avaliação da Educação Básica, apontam que o nível de alfabetização das crianças está abaixo do esperado para a faixa etária. A avaliação feita no ano passado em escolas públicas e privadas verificou que os estudantes não conseguem ler nem escrever palavras simples. O déficit de aprendizagem já havia sido previsto em decorrência da pandemia de covid-19, momento em que as escolas passaram a ensinar de forma remota. Presidente da Subcomissão de Acompanhamento da Educação na Pandemia, o senador Flávio Arns, do Podemos paranaense, citou, entre as dificuldades dos estudantes, a falta de equipamentos ou de conexão à internet.
Que se mostrou cada vez mais importante e evidente na pandemia, um instrumento essencial, que é a conectividade, garantir o acesso a dispositivos com conexão à internet de alta velocidade aos estudantes e professores da rede pública de ensino. É o acesso para o aluno na escola, mas o acesso para o aluno na casa dele também, para ele fazer pesquisas, trabalhos.
Criada em setembro do ano passado, a Subcomissão para Acompanhamento da Educação na Pandemia realizou oito audiências públicas em 2021. Neste ano, já foram feitos nove debates e estão previstos mais três. Além de conectividade, as audiências tratam de temas como recomposição da aprendizagem, infraestrutura escolar e orçamento da Educação.