09/08/2022 às 19h00min - Atualizada em 09/08/2022 às 19h00min

Confirmada a data para festival do Çairé presencial em 2022 | Portal Obidense

O tradicional festival do Çairé e festival dos botos de alter do chão está com data marcada para os dias 15 a 19 de setembro, de forma presencial após dois anos

Por Derick Souza
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Reprodução/Redes Sociais
ÓBIDOS - Após dois anos sendo realizada de forma remota, a maior manifestação cultural do interior da amazônia volta a ser presencial em 2022; o tradicional festival do Çairé que já tinha data marcada agora é oficial.
 
O anúncio da data foi feito ainda em maio pelo prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, mas as incertezas dos números da covid faziam as pessoas ficarem em dúvida se ocorreria ou não o festival.

 
A Festa do Sairé acontece todos os anos Vila Balneária de Alter do Chão, em Santarém (PA) sempre no mês de setembro, durando cinco dias, começando em uma quinta-feira e terminando em uma segunda-feira.
 
Com mais de 300 anos, o Çairé é a manifestação cultural religiosa mais antiga da Amazônia, movimentando cerca de 150 mil pessoas na vila balneária de Alter do Chão, que fica cerca de 37 km do centro de Santarém.
 
Toda a trama e coreografia da festa do Çairé em Alter do Chão é uma manifestação que mistura elementos religiosos e profanos, começando com o hasteamento de dois mastros enfeitados com frutas regionais, no qual homens e mulheres o disputam separadamente, seguido de ritual religioso e danças folclóricas desempenhadas pelos moradores do balneário.
 
No último dia, na segunda-feira, ocorre a “varrição da festa”, a derrubada dos mastros e a “cecuiara” (almoço de confraternização), entre outros eventos. A programação termina à noite, com a festa dos “barraqueiros”.
 
O folclore dos botos Tucuxi e Cor-de-Rosa gira em torno da sedução, morte e ressurreição destes personagens, entre lendas regionais, tribos indígenas, a Cunhantã-iborari, a Principaleza do Lago Verde, a Rainha do çairé, o Tuxaua, o Pajé e os pescadores.
 
O enredo tem ideologia ecológica, pois ressalta a natureza, em especial o Lago Verde, palco da trama. E quando o boto é morto por ordem do Tuxaua, pai da Cunhantã-iborari, que foi engravidada pelo golfinho amazônico, recai sobre ele a fúria dos maus espíritos da região. Por isso, a pedido do próprio Tuxaua, vem o Pajé e ressuscita o boto. É a apoteose do folclore durante o festival.
 
As Associações Boto Cor de Rosa e Boto Tucuxi já tem o tema que levarão para o lago dos botos em 2022, sendo os temas "Macucauá, celebrando a vida" (Boto Rosa) e "Amor que faz a tradição" (Boto Tucuxi).


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