BELÉM - O Paysandu conseguiu reverter a vantagem do Operário-PR e avança para a terceira fase da Copa do Brasil. Jogando no Estádio da Curuzu, em Belém, na noite desta quarta-feira, a equipe do Pará venceu por 2 a 0, placar mínimo necessário para continuar na competição – já que no jogo de ida, em Ponta Grossa, o Fantasma havia vencido por 1 a 0.
Com o resultado o Papão encara o Juventude na próxima fase do torneio. As partidas serão realizadas nos dias 20 e 27 de julho, sendo o jogo de ida no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul, e a volta em Belém. Já o Operário-PR encerra suas atividades oficiais em 2016.
O JOGO
O Paysandu já começava a partida atrás no placar. Por isso, o técnico Gilmar Dal Pozzo optou por uma formação bem mais ofensiva do que dos últimos jogos. Com apenas dois volantes e três atacantes em campo, a intenção do Papão era pressionar o Operário-PR desde cedo, mas foi o Fantasma quem quase abriu o placar aos 13 minutos. William Lira se aproveitou da falha da defesa bicolor e chutou com força da entrada da área, mas mandou por cima do gol.
O lance elevou a confiança do time paranaense, que cresceu no jogo. Do outro lado, a equipe da casa apresentava nervosismo e errava lances bobos. A ineficiência ofensiva do Alviceleste irritava a torcida, que vaiava a cada passe errado. O Operário-PR mostrava mais tranquilidade, marcava no meio de campo na tentativa de explorar contra-ataques.
Na reta final do primeiro tempo os mandantes conseguiram controlar o jogo e pressionar o adversário, que cometia muitas faltas próximas da área. O Papão se aproveitou e, aos 37, abriu o placar. Na bola parada, Rafael Costa cruzou, Fernando Lombardi desviou de cabeça para Gilvan, que mandou uma bomba para dentro do gol: 1 a 0. Apenas cinco minutos depois o Paysandu ampliou em lance similar. Rafael Costa alçou na área do Operário-PR e novamente Gilvan, sozinho, desviou de cabeça: 2 a 0.
Fantasma tenta abafa, mas Papão mantém defesa impenetrável
O segundo tempo ficou marcado pela forte chuva que caiu na capital paraense. O grande volume de água foi bem suportado pelo gramado da Curuzu, mas deixou o jogo menos técnico e muito mais pegado. Foram muitas faltas e, com 21 minutos do segundo tempo, já eram nove cartões amarelos distribuídos.
Apesar de uma certa superioridade do Alviceleste, o Operário-PR não estava morto em campo. Arriscava chutes de fora da área e bolas alçadas na área bicolor. Afinal, se marcasse apenas um gol já ficaria novamente com a vaga na próxima fase da Copa do Brasil (por não ter sofrido gol em casa), e obrigaria o Paysandu a fazer mais um para avançar. Por isso, o clube do Pará não quis correr riscos. Passou a pressionar a saída de bola do Fantasma e, quando necessário, fazia faltas ali mesmo.