O disco “Tutu com Tacacá” Lançado em outubro de 2021, nas plataformas de streaming musical, o primeiro disco da banda Tutu com Tacacá conta com oito faixas autorais, com produção musical de Luiz Camporez e fortes influências de expressões culturais regionais, como o Reinado Mineiro, a Folia de Reis, a Catira mineira, carregadas com a guitarra e o banjo paraenses do carimbó. As músicas foram criadas após uma residência artística feita no Pará por Marina Araújo, que assina cinco faixas, e Ana Luísa Cosse, autora de uma música em parceria com Camporez. Há, também, uma composição de Shari Simpson (flauta) e uma de Pedro Fonseca, ex-guitarrista e vocalista da banda. O processo de gravação foi feito no Eremita Estúdio, em meio às restrições impostas no combate à pandemia da Covid-19. À equipe coube o desafio de levar para o registro a energia tão presente nos shows ao vivo da Tutu com Tacacá, mesmo em uma situação de gravações individuais. O resultado final surpreende e já figura entre playlists do gênero. Ouça o álbum: https://linkme.bio/tutucomtacaca/ Sobre a banda Tutu com Tacacá A banda Tutu com Tacacá é fruto do encontro de músicos do Grupo Folclórico Aruanda, que queriam experimentar novas possibilidades estéticas e musicais a partir da cultura popular brasileira. O primeiro resultado dessa reunião foi o Bloco da Fofoca, que em 2014, resolveu levar o carimbó paraense para o carnaval de Belo Horizonte. “A fofoca é uma vestimenta íntima que utilizamos embaixo da maioria dos trajes das danças pesquisadas pelo Aruanda. Começamos a dançar vestidas de fofoca e decidimos que o nosso bloco seria o bloco das ‘fofoqueiras’. Já existia uma pesquisa de carimbó no Aruanda, conhecíamos as sonoridades e as movimentações da dança. Então, sempre foi um ritmo apaixonante e envolvente para nós”, explica Ana Luísa Cosse. O sucesso do primeiro desfile do Bloco foi a fagulha para a criação de um projeto que se estendesse durante todo o ano: a banda Tutu com Tacacá. A primeira mistura estética do grupo começou com a adaptação dos ritmos do carimbó para os instrumentos clássicos do carnaval de rua. “As sonoridades mineiras foram chegando aos poucos e espontaneamente. Nossas composições são inspiradas nas tradições paraenses e mineiras, mas as letras refletem nossas vozes, nossos posicionamentos, o que temos vontade de dizer ao mundo”, conta Marina Araújo. No que toca às referências, o Tutu com Tacacá reverencia as Irmandades mineiras, em especial as guardas de Moçambique e Congo, bem como nas Folias de Reis. “Também são referências para nós a Vesperata de Diamantina, Milton Nascimento e o Clube da Esquina”, conta Ana Luísa Cosse. Do Pará, a banda busca referência em diversos nomes, tais como Mestre Verequete, Dona Onete, Pinduca, Mestre Lucindo, Mestre Diquinho, Mestre Chico Braga, Suraras do Tapajós, Mestre Paulinho Barreto, Mestre Chico Malta, Mestre Hermes Caldeira, Mestre Osmarino Cumaruara, Mestre Silvan Galvão, Grupo Tatu Kanastra, Grupo Kuatá de Carimbó, Grupo de Tradições Marajoara Cruzeirinho, Grupo Tambores do Pacoval, Grupo Eco Marajoara, Grupo Sancari, Grupo Cheiro do Pará, Grupo Frutos do Pará. “Também nos inspiram artistas como Lia Sophia, Fafá de Belém, Joelma, Gaby Amarantos,Felipe Cordeiro e Félix Robatto”, completa. A formação do Tutu com Tacacá conta com Ana Luísa Cosse (vocalista), Camila Menezes (baixista), Leléo Lima (percussionista), Marina Araújo (percussionista), Shari Simpson (flautista), Stênio Galgani (guitarrista) e Vivi Cosse (vocalista e maraqueira). Em seis anos de história, a Tutu com Tacacá já realizou shows em eventos como o 13º Festival de Verão da UFMG (2019), Mostra de Cinema de Tiradentes/MG (2019) e I Festival Sindical da Canção (2017). A banda também foi vencedora do concurso “Sarau Minas Tênis Clube”, em 2019, e realizou um show em homenagem à cantora Dona Onete, diva do carimbó paraense, e recebeu o Prêmio Cultural Aldir Blanc, da Prefeitura Municipal de Belo Horizonte, em 2020, na categoria Linguagens Artísticas. | |