20/06/2016 às 20h49min - Atualizada em 20/06/2016 às 20h49min

Sindicato dos servidores municipais confirma a continuidade da greve da categoria

Presidente do STPMO afirma que o movimento só encerrará quando todos receberem os seus salários.

Por: Érique Figueirêdo

Foto: Arquivo/ Portal Obidense

ÓBIDOS – O Sindicato dos Trabalhadores Municipais de Óbidos (STPMO) confirmou nesta segunda-feira (20) que a categoria continuará em greve, mesmo com o pagamento dos salários atrasados de parte dos profissionais da educação e da administração direta.

O movimento grevista deflagrado na semana passada, foi uma reposta da categoria aos sucessivos atrasos no pagamento dos salários dos servidores. A greve teve efeito maior na área da educação, onde dezenas de escolas da rede municipal de ensino da cidade e do interior, estão sem aula deste a última quinta-feira (16).

Após o pagamento de parte do funcionalismo, alguns servidores da educação voltaram as atividades, serventes, vigias e parte dos professores permanecem de braços cruzados até que o salário seja pago. “Alguns servidores retornaram as atividades, mas a greve continua até que esses servidores recebam os seus vencimentos, afinal são pais e mães de família que merecem respeito e precisam receber os seus vencimentos para quitar as suas dívidas. Se for parar pra analisar, o último salário recebido foi o de abril e ainda com atraso, boa parte continua sem receber o mês de maio, ou seja, os que ainda não receberam estão quase a cinquenta dias sem receber os seu vencimentos, isso é um absurdo”, disse Derinaldo Câncio Biá, presidente do STPMO.

A greve não foi uma unanimidade entre os servidores, em algumas escolas apenas profissionais que atuam na área de serviços gerais e vigias paralisaram. Mesmo assim o movimento ganhou força e o sindicato chegou a reunir quase 500 servidores nas assembleias realizadas nos últimos dias. “Mantemos os 30% dos serviços como a lei determina, mas adesão foi significativa porque dessa vez até alguns temporários também aderiram à greve, temos relatos de funcionários temporários que estão a três meses sem receber”, afirmou Biá.

A direção do sindicato estima que a parcela que estava programada para ser depositada nos cofres do poder público nesta segunda-feira, servirá apenas para pagar os servidores de apoio da educação, já os temporários devem ficar sem receber. “Se essa previsão se concretizar, isso vai confirmar uma realidade preocupante, pois os servidores temporários ficarão quase um semestre todo sem receber um centavo. Em uma estimativa geral, se o governo não consegue pagar maio, imagina como será junho? Isso sem falar de julho quando deverá ser pago além dos salários, um terço das férias dos professores, como vão fazer isso?” questionou o líder sindical.

A categoria reclama da ausência de representantes do governo nas assembleias, como ocorreu na última sexta-feira (17), quando nenhum representante da prefeitura participou da reunião com os servidores na sede do STPMO. “Não responderam nem ao nosso ofício que nós enviamos para que eles participassem da nossa assembleia”.

Os sindicalistas exigem uma audiência pública para discutir o problema, o pedido foi feito em 2014 a Câmara de Vereadores, mas até hoje não foi dada nenhuma resposta. Os grevistas continuarão participando de atividades na sede da entidade durante a semana, até está segunda-feira, nenhum ato público do sindicato, havia sido programado.


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