05/05/2016 às 19h30min - Atualizada em 05/05/2016 às 19h30min

Dilma visita pela primeira vez Santarém e entrega residências do 'Minha Casa Minha Vida'

A presidente desembarcou na tarde desta quinta-feira (5) na Pérola do Tapajós, e realizou a entrega das 3.081 casas do residencial Salvação.

Do G1 Santarém
Fotos: Augusto Alves

SANTARÉM - A presidente Dilma Rousseff participou na tarde desta quinta-feira (5) da solenidade de entrega de 3.081 unidades habitacionais do Residencial Salvação, do Programa Minha Casa Minha Vida, em Santarém, no oeste do Pará. A cerimônia de entrega de moradias ocorreu simultaneamente por transmissão ao vivo em mais quatro cidades brasileiras: Uberaba (MG), Camaçari (BA), Campos dos Goytacazes (RJ) e em Itapipoca (CE). De acordo com a Caixa Econômica Federal, ao todo foram entregues, 6.597 moradias nas quatro cidades.

Essa é a primeira visita de Dilma Rousseff na cidade, desde o início do Governo. Ao desembarcar no aeroporto Maestro Wilson Fonseca, a presidente seguiu direto para a residencial Salvação, que fica localizado as margens da Rodovia Fernando Guilhon. Na chegada, Dilma foi recebida e aplaudida por autoridades locais, beneficiários do programa e ainda por militantes do Partido dos Trabalhadores (PT). Uma multidão esperava a subida de Dilma no palanque principal. Eles gritavam palavras de ordem, dizendo não ao golpe, não ao impeachment e davam apoio ao Governo.

A abertura da cerimônia foi feita pelo Prefeito de Santarém, Alexandre Von, que falou da importância do empreendimento para o município e do anseio da população pelas casas

do Residencial Salvação. Von desejou sucesso aos futuros moradores e ressaltou que outras obras do Governo Federal possam ser realizadas em Santarém. Além de Von, esteve na cerimônia o ministro da chefia do gabinete pessoal da presidência, Jaques Wagner, o senador Paulo Rocha, o deputado federal Zé Geraldo, a ex-governadora do Pará, Ana Júlia Carepa e ainda a primeira dama do município e secretária de assistência social, Zuíla Von.

Durante o seu pronunciamento, Dilma ressaltou a importância do Minha Casa Minha Vida para os brasileiros, em especial para as famílias santarenas. A presidente enfatizou que o seu governo fará todos os esforços para manter todos os programas sociais que desenvolve desde o início do seu governo. “Eu acho que o Minha Casa Minha Vida é o mais importante programa do meu governo. Ele é o mais importante porque ele é o mais bem sucedido programa de habitação popular. Nunca no Brasil houve um programa dessas dimensões”, comentou.

Dilma disse também que as moradias são acessíveis e que os recursos empregados na construção são dos impostos pagos pelos brasileiros. “O governo recebe e arrecada impostos. Nós sabemos que as famílias que ganham menos no Brasil podem passar 500 mil vezes na porta do banco que o banco não vai emprestar pra eles porque a prestação não cabia no bolso. Nós colocamos uma parte muito importante de recursos para fazer esse programa porque isso é uma dívida que esse país tem com a sua população mais pobre. O que tem é uso do dinheiro que o povo paga de imposto voltando para o bolso”.

Processo de impeachment

Durante a cerimônia, Dilma voltou a falar que considera o processo de impeachment um golpe. “O Brasil está vivendo momentos muito difíceis. (...) Nós estamos correndo o risco de um golpe. Eu chamo isso de golpe porque é fato que o impeachment está previsto na nossa constituição. Está lá na constituição escrito que o impeachment é possível de ser feito. Mas não é uma coisa assim, pode fazer o impeachment do jeito que você quiser. Não, é preciso que exista um crime de responsabilidade. E eu não cometi crime de responsabilidade”, disse.

A presidente afirmou que, com o processo de impeachment, a oposição está tentando fazer uma eleição indireta para assumir seu cargo. “Se ninguém consultar vocês nas eleições diretas, uma proposta que chegar aqui e falar ‘vou acabar, vou reduzir ou vou rever o Minha Casa Minha Vida’, vocês vão aprovar? Não vão, não. Então como uma pessoa que quer fazer isso resolve o programa dela? Faz uma eleição indireta e veste a eleição indireta com a roupa do impeachment”, afirmou Dilma.

Dilma também disse que não vai ficar com os braços cruzados diante da situação atual do país e que vai lutar pelo mandato. “Eu acho que estou sendo vítima de uma injustiça. Eu tenho consciência disso. Isso não vai me desmobilizar, não. Não vou ficar parada esperando o ônibus passar. Eu vou lutar pelo meu mandato. Eu vou lutar pelo meu mandato porque eu tenho responsabilidade em relação à democracia do meu país”, disse Dilma.

A presidente ainda afirmou que a oposição faz o jogo do “quanto pior, melhor” e que “o senhor Eduardo Cunha, desde o início do ano, não deixa o congresso funcionar”. Mais cedo nesta quinta, durante a cerimônia de início da operação comercial da usina hidrelétrica de Belo Monte, a presidente afirmou que o afastamento de Cunha (PMDB-RJ) do seu mandato como deputado federal e, consequentemente, da presidência da Câmara dos Deputados ocorreu "antes tarde do que nunca".  A única coisa que eu lamento, mas eu falo antes tarde do que nunca, é que infelizmente ele conseguiu (...)", disse a presidente.


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