19/03/2020 às 17h57min - Atualizada em 19/03/2020 às 17h57min

Há mais pessoas a ler comentários do que a notícia | Portal Obidense

Estudo mostra que a maioria das pessoas são induzidas ao erro, por lê somente os comentário do que a noticia

Por: Walmir Ferreira
Texto e foto: MF Press Global
ÓBIDOS - Um pequeno estudo feito pela empresa de assessoria de imprensa e mídia social MF Press Global constatou que há muitas pessoas que leem os comentários das notícias e não chegam a ler a notícia. Dessa forma são facilmente induzidas em erro.

Ceo da empresa, o jornalista e também filósofo e psicanalista Fabiano de Abreu explica o porquê dessa situação. Segundo Fabiano as novas gerações que têm preguiça de ler o conteúdo, são pessoas que buscam a simplificação e o imediato. Dessa forma conteúdo é perdido e as pessoas possuem mais tendência a não pensar pela própria razão.

“Estamos na era da preguiça, como escrevi em uma das minhas teorias no artigo ‘A internet está deixando as pessoas menos inteligentes’ as pessoas buscam absorver muitas informações pelo excesso de conteúdo mas não buscam nenhuma informação completa. O cérebro não acostumado com este excesso de informação e vinculado a ansiedade não permite que o armazenamento acionando a preguiça e fazendo com que a pessoa não se interessem no conteúdo completo e sim superficial.", explica.

Segundo o filósofo as pessoas vivem numa era em que a autoafirmação se dá pela diferença, pela revolta, pela criação de contracorrentes. Afirma contudo, que essa mesma geração prefere ler apenas os comentários do que as notícias e, por essa mesma razão, a imagem tem um papel central nos dias de hoje. Como relata Fabiano: "Analisando o mercado das plataformas online vemos que a tendência está a ser criada. Plataformas como o Twitter ou o Instagram estão alcançando um mercado mais vasto pois a sua linguagem é curta e simples e o uso da imagem é central."

O psicanalista alerta ainda que, na sua opinião, os cérebros estão mais lentos na sua observação de informação e sobretudo no processamento. Acredita que um factor que muito contribuiu para o caso foi a perda de vocabulário.

"Diminui-se a capacidade de interpretar, pois a linguagem em forma de palavras, principalmente escritas, diminuiu. São raras as pessoas que compreendem um mito, uma metáfora, uma analogia.", Analisa.

Aponta ainda o fato de que muita da comunicação que mantemos hoje em dia não é presencial. Desse modo, o indivíduo aproveita o fato de estar escondido atrás de um computador e inicia muitos debates que não teria coragem de fazer quando pessoalmente.  Fabiano esclarece esta posição: "É uma maneira de ser visto, notado, sem ser repreendido e mais, na falta de argumentos é mais fácil desconectar-se".


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