07/08/2017 às 08h55min - Atualizada em 07/08/2017 às 08h55min

Nesta manhã de segunda feira (07) foi deflagrada em Santarém a “Operação Perfuga” com prisão de vereadores e vários mandando de busca.

A Operação concluiu que várias pessoas estão envolvidas, entre autoridades da política, líder comunitário, advogado, além de funcionários fantasma locado em setores do governo.

Inf. Políca Civil de Santarem
Por: Márcio Garcia
Fotos: Polícia Civil

SANTARÉM - A Superintendência Regional do Baixo e Médio Amazonas, com o apoio do Ministério Público, deflagrou operação denominada “Operação Perfuga” que no latim significa “o desertor” no sentido de “que ou aquele que abandona suas convicções, sua religião, seu compromisso ou a causa de que era defensor”. A operação foi batizada com este nome porque os são investigados funcionários públicos que firmaram o compromisso de bem servir a sociedade, porém abandonaram esse mister, passando a agir em interesse estritamente particular.

O inquérito policial apura crimes de peculato, falsificação de documento público, corrupção e associação criminosa.

A Polícia Civil e Ministério Público estão cumprindo 2 mandados de prisão preventiva, 6 mandados de prisão temporária, 5 conduções coercitivas e 25 mandados de busca e apreensão. Entre as buscas estão a sede da Câmara Municipal de Santarém e a sede da SESPA em Santarém, e ainda em uma sala do hospital regional, onde funciona o setor de regulação da SESPA.

Estima-se que o prejuízo aos cofres públicos seja de aproximadamente R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais).

Pessoas procuravam o Vereador Reginaldo Campos (foto) para solicitar a facilitação de agendamentos de consultas e exames, essas demandas eram repassadas para a técnica em enfermagem, servidora pública que exercia suas funções na regulação da SESPA, a qual providenciava o efetivo agendamento através dos outros servidores do setor.

A servidora da SESPA Sarah Campinas, que recebia as demandas repassadas pelo Vereador Reginaldo Campos também recebia remuneração mensal da Câmara dos Vereadores, sem a devida contraprestação do serviço público.

No decorrer das investigações, foram identificadas outras pessoas que também eram servidores “fantasmas”, ou seja, recebiam remuneração sem a devida contraprestação do serviço público, tendo entre os servidores fantasmas advogados e pessoas ligadas a lideranças de bairro ou líderes religiosos.

Outros servidores da Câmara também concorreram para a prática de crimes de peculato, e tentaram prejudicar as investigações falsificando documentos e prestando informações falsas, além de autorizarem e efetivamente procederem as contratações e pagamentos dos servidores “fantasmas”, mesmo tendo conhecimento que não estava ocorrendo a contraprestação do serviço público.

Quando estávamos finalizando esta matéria a polícia informava que o vereador Reginaldo Campos acabara de ser preso em sua residência. Junto com ele mais 6 pessoas sendo 3 advogados a secretária do vereador Reginaldo e mais duas pessoas.

 


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