ÓBIDOS - No contexto histórico geral quando nos propomos a pesquisar algo com significado transformador, é necessário encontrar a raiz originária e a essência para podermos entender e compreender que a originalidade sofreu modificações sem perder sua identidade.
Neste caso estamos nos reportando a um personagem popularmente conhecido como "mascarado fobo", um ícone indispensável para dar ênfase à festa do carnaval, que na cidade de Óbidos-PA é denominado de "CarnaPauxis".
O mascarado surge por conta de uma diferença social, política e econômica existente nas classes sociais, porém durante a festa momesca o mascarado fobo, coloca em evidência todas essas diferenças quando em forma de risos, gargalhadas, lançamento de pó, brincadeiras, sustos, deboches, entre outras coisas transforma a seriedade cotidiana em ludicidade.
Por ser um ícone cultural com identidade amazônica e porque não dizer (obidense), sua existência foi de fundamental importância para o reconhecimento como patrimônio cultural do Pará através da lei 7.255 o CarnaPauxis.
O mascarado fobo, é fruto da imaginação dos antigos fazedores de cultura que ao produzirem um personagem resolveram ocultar sua identidade para simbolizar a identidade de alguém que é história ou se faz história seja qual for a sua realidade, que esteja por trás da indumentária sob pena de ser "manjado"(desmarcado) o bloco do Morro do Camelo assim denominado pelo formato geográfico de suas ruas enladeiradas, surgiu nos anos 90 quando alguns senhores se reuniram para organizar a brincadeira pelas ruas e já se preparando para as competições que aconteceriam dentre as quais o mais caracterizado mascarado sagrando-se bi campeão, bem como o título de globeleza, representado pela jovem (Valdeni Amorim).
Com estas referências o bloco Unidos do Morro assumiu definitivamente a condição de ser o representante oficial do mascarado fobo. Cujo é o ícone que se caracteriza pelas seguintes indumentárias: capacete colorido, mascara, apito ou referi, domino-roupão de chita, bexiga artesanal e maizena.
Atualmente existe a Associação Carnavalesca Bloco Unidos do Morro, que tem vida jurídica própria dentro do regulamento estatutário, com uma diretoria composta para o mandato de dois anos.
Em seu desfile oficial a agremiação destaca-se pela organização de suas alas: comissão de frente, porta estandarte, rainha, mascarados gigantes, frevo, mascarados comuns, baianas, abadas entre outros que ao longo dos anos fizeram parte das alas e se destacaram: bloco do Flamengo, Macacão e os Mosqueteiros, fazendo reverência ao carnavalesco Miguel Venâncio, bem como os alternativos o Pau te Acha e o Bloco do Tinga, que sem dúvida eram destaques e parte integrantes das alas do Morro.
o Mascarado Fobó, como ícone da manifestação folclórica da cultura popular, assegura aos fazedores de cultura que a forma de brincar seriamente é um ato pensado de ser criativo e possibilita fortalecer a condição de cultuar nosso povo para que seja estimulado a tese norteadora como fomento cultural.
O próximo episódio vai contar a história do Projeto Escola Menino Jesus, será dia 10/04 as 15h