23/10/2023 às 14h46min - Atualizada em 23/10/2023 às 14h46min

Ministro vai a Caracas discutir importação de energia elétrica da Venezuela

Alexandre Silveira pretende restabelecer fornecimento de energia elétrica da Venezuela ao estado de Roraima

Da Redação
Gazeta do Povo

Portal Obidense  Publicidade 790x90

Alexandre Silveira pretende restabelecer fornecimento de energia elétrica da Venezuela ao estado de Roraima.| Foto: Tauan Alencar/MME

BRASIL - O ministro Alexandre Silveira, de Minas e Energia, embarcou nesta segunda (23) para Caracas, na Venezuela, para discutir a retomada do abastecimento de energia elétrica do estado de Roraima gerada em uma usina hidrelétrica do país. 

Na última sexta (20) ele adiantou que vai discutir com o homólogo venezuelano Nestor Reverol Torres o restabelecimento imediato do fornecimento de energia da usina de Guri, suspenso em 2019 após conflitos diplomáticos com o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). 

Desde então, a energia elétrica consumida em Roraima é gerada através de termelétricas, o que gerou a elevação das tarifas por conta do abastecimento de diesel. Segundo o ministro, a volta da parceria com Guri pode economizar até R$ 10 milhões por mês. 

O encontro de Silveira com Torres também deve ter uma marcação para vistoriar a linha de transmissão que liga a usina a Roraima. O estado é o único do país fora do Sistema Interligado Nacional (SIN), e, por isso, não foi afetado pelo apagão em meados de agosto. 

De acordo com o ministro, a expectativa é de que o restabelecimento da transmissão ocorra em até 30 dias. 

Silveira também disse que outras fontes de geração de energia para o estado podem ser adotadas para baratear as contas, mas sem mencionar quais. No começo de agosto, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou a ordem de serviço para início das obras do Linhão de Tucuruí, que vai conectar Roraima ao SIN. 

A linha terá 715 quilômetros de extensão e vai conectar Boa Vista e Manaus, com previsão de entrar em operação até 2026. O projeto está há mais de uma década em discussão e entraves jurídicos por conta das áreas que serão cortadas, predominantemente indígenas – como a reserva Waimiri Atroari. 

A disputa terminou no ano passado com a assinatura de um acordo entre o governo do então presidente Jair Bolsonaro (PL) e os indígenas.


Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp