22/10/2023 às 15h01min - Atualizada em 22/10/2023 às 15h01min

Vendedor de quelônio em Manaus, anos de 1963

Texto do historiador e mestre em história Fábio Augusto de Carvalho

Fábio Augusto de Carvalho

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Vendedor de quelônio em Manaus, anos de 1963

MANAUS - Esse é um interessante registro de um dos trabalhadores mais antigos da região amazônica, que capturava os animais no interior e os comercializava na capital, no Mercado Municipal Adolpho Lisboa e em outras áreas da cidade.
 

Jabutis, tartarugas e tracajás, outrora abundantes, faziam parte da dieta da população. Eram consumidos guisados, assados e em conserva (mixira).
 
Os ovos eram cozidos e também comidos crus batidos com farinha e açúcar (mujangué ou arabu). Os mais apreciados eram a tartaruga e o tracajá, que a escritora Chloé Loureiro lembra de ver, na década de 1930, sendo vendidos em tabuleiros, já cortados, dentro do casco, "com a banha bem amarelinha, e os ovos semelhantes às bolas de pingue-pongue".
 
No passado remoto do Amazonas, entre os séculos XVIII e XIX, a comercialização de quelônios foi uma das atividades econômicas mais rentáveis. Antes que a borracha suplantasse, ainda nos tempos da Província, outras atividades, os quelônios e seus derivados figuravam entre os principais produtos de exportação. Em 1967 a Lei de Proteção à Fauna proibiu a comercialização de animais silvestres. Atualmente a quelonicultura garante a comercialização de forma controlada.
 
Conteúdo original publicado na página do auto no facebook: História Inteligente


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