13/10/2023 às 15h56min - Atualizada em 13/10/2023 às 15h56min

Atos pró-Hamas organizados por partidos de esquerda configuram crime, diz jurista

Grupo terrorista Hamas recebeu o apoio de movimentos e partidos de esquerda que apoiam o governo de Lula.

Da Redação
Gazeta do Povo

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Grupo terrorista Hamas recebeu o apoio de movimentos e partidos de esquerda que apoiam o governo de Lula.| Foto: Reprodução/X PCO

BRASIL - Manifestações favoráveis ao grupo terrorista que atacou Israel, sob coros de “Viva o Hamas”, organizadas por partidos e movimentos de esquerda como PCO, PSOL, PCB e PSTU, são considerados crime de acordo com o Código Penal brasileiro. 

Como mostrou a Gazeta do Povo, nesta quarta-feira (11), cinco dias após os ataques do grupo extremista a Israel, os partidos fizeram manifestações em Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro junto de movimentos ligados à causa palestina e de trabalhadores, como a Federação Árabe Palestina do Brasil (Fepal), a Federação de Sindicatos de Trabalhadores Técnico-administrativos em Educação (Fasubra Sindical), o Movimento Nacional de Luta por Moradia (MNLM), entre outros. 

“Protestos pró-Palestina não têm nenhuma conduta criminosa. O que é crime sem sombra de dúvidas são as manifestações que consistem em coros de ‘Viva o Hamas’ e em aplausos e apoio explícito ao grupo num contexto em que fica claro que estão apoiando o que o Hamas fez – ou seja, matou pessoas ao praticar um atentado terrorista”, explica Ronaldo Lara Resende, promotor de justiça do Ministério Público do Rio Grande do Sul e professor de Direito Penal e Processo Penal. 

O crime, segundo o jurista, está previsto no artigo 287 do Código Penal, que consiste em fazer apologia/enaltecimento público de fato criminoso e de autor de crime. 

“Nesse caso, houve apologia dos dois – tanto dos fatos praticados pelo Hamas como do grupo em si, porque quando ao elogiar o grupo pelo que ele fez, também se está elogiando o que fizeram, então há a incidência, apesar de configurar um crime só”, afirma o promotor. 

Durante a manifestação em São Paulo, o diretor nacional do PCO, Francisco Muniz, defendeu os ataques do grupo terrorista, classificou os atos como uma “luta anti-imperialista” e disse que o partido está “1.000% com o Hamas”.


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