MUNDO - O Ministério da Defesa de Israel afirmou na manhã desta quarta-feira (11) que há brasileiros entre as vítimas dos sequestros organizados pelo grupo terrorista Hamas dentro do território israelense no último final de semana.
O porta-voz do Exército israelense, Jonathan Conricus, não detalhou o número de reféns em poder do Hamas, no entanto a estimativa divulgada na imprensa internacional faz referência a centenas de pessoas capturadas.
Nesta terça-feira (10), foram confirmadas as mortes de dois brasileiros que estavam em um festival de música a poucos quilômetros de Gaza: o gaúcho Ranani Nidejelski Glazer e a carioca Bruna Valeanu. Outra brasileira, a carioca Karla Stelzer Mendes, segue desaparecida após o ataque do Hamas.
O Itamaraty foi acionado pela Gazeta do Povo para informar os próximos passos a serem tomados pelo governo brasileiro diante da situação.
O número de mortos em Israel devido ao ataque surpresa de sábado dos terroristas ultrapassou nesta quarta-feira (11) os 1.200, com outras 3.000 pessoas feridas. Em Gaza, os bombardeios israelenses já deixaram 1.055 mortos e pelo menos 5.184 feridos.
Negociações entre Brasil e Egito
O governo brasileiro começou a negociar com o Egito a possibilidade de formação de um “corredor humanitário” para a libertação de brasileiros que estão na Faixa de Gaza.
A operação, que conta com mediação da ONU e da OMS, permitiria a saída de pessoas da região, que sofre ataques da contraofensiva israelense após o início da guerra contra o Hamas, e também facilitaria o envio de ajuda para a população palestina.
As estimativas apontam que aproximadamente 60 brasileiros estão na Faixa de Gaza.
O primeiro voo de repatriação de 211 brasileiros resgatados em Israel pousou em Brasília na madrugada desta quarta (11), por volta das 4h07, após uma viagem de cerca de 14 horas.
O avião da Força Aérea Brasileira (FAB) partiu de Tel Aviv com atraso na tarde de terça (10), em meio a alertas de ataques do grupo Hamas contra a capital israele