ÓBIDOS – A seca histórica pela qual os rios da região norte passam, vem preocupando autoridades e deixando milhares de famílias sem abastecimento de água e até mesmo com escassez de alimentação.
No estado do Amazonas, várias cidades que são banhadas pelos rios Madeira, Solimões e outros, contabilizam os prejuízos causados pelo desabastecimento, além de trabalharem em estratégias para ajudar as famílias mais afetadas, e ajudarem também os cardumes de peixes e um dos símbolos da Amazônia, os botos Tucuxí e Cor de Rosa, que estão cozinhando em meio ao aumento da temperatura da água represada pela seca.
Em Óbidos no Oeste do Pará, a Coordenadoria Municipal de Proteção e Defesa Civil – COMPDEC, tem acompanhado diariamente o vazante do rio amazonas, esses dados são fundamentais para traçar estratégias de apoio aos mais atingidos. Os dados coletados na manhã desta segunda-feira, (9) de outubro, apontam que desde o início do monitoramento, o rio Amazonas em Óbidos, atingiu a maior seca, se compararmos com a mesma data de 2005, quando até então havia sido registrado a maior seca do leito do rio Amazonas em Óbidos. Os dados coletados na manhã desta segunda-feira, mostram que o leito Rio Amazonas está 62cm abaixo do coletado no mesmo dia (9) de outubro do ano de 2005.
Diante do cenário preocupante, já que o período de vazante dos rios deve seguir até pelo menos o final do mês de outubro, a Defesa Civil tem visitado as regiões mais atingidas pelo recuo das águas, como; a região do Paraná de Baixo, Costa do Parú, Maria Tereza e outros, nessas região o grande problema enfrentado pelos comunitários, é a falta de água potável para suprir a necessidade básica das famílias como matar a cede.
“Estamos atentos juntos do governo Municipal, buscando mapear essas áreas mais afetadas, para buscar ajudar essa famílias afetadas. Já estamos também trabalhando em um relatório, que deve ser transformado em um documento para decretarmos situação de emergência, a gente espera que o documento seja homologado e assim, a gente possa ter ajuda dos governos Estadual e Federal, chegando para atender esse povo”, afirmou o coordenador de Defesa Civil de Óbidos, Jamerson Amaral.