AMAZÔNIA - O senador Plínio Valério pediu a CPI das ONGs ainda em seu primeiro ano de mandato, em 2019. A comissão parlamentar de inquérito investigaria, entre outros temas, a atuação de organizações não governamentais na Amazônia, a liberação de verbas públicas para essas entidades e para organizações da sociedade civil de interesse público bem como a utilização desses recursos e de outros vindos do exterior. Plínio Valério, que é senador do PSDB do Amazonas, diz que a CPI está mais atual do que nunca, com a retomada de doações internacionais para o Fundo Amazônia após o governo Bolsonaro.
No momento em que, por exemplo, George Soros, o milionário, anuncia que deu 100 milhões para as ONGs no Brasil, notadamente na Amazônia. No momento em que Noruega, Alemanha e França já falam em colaborar, o ator Leonardo di Caprio fala em arrecadar dinheiro pro Fundo Amazônia, é importante que na volta do Fundo Amazônia nós saibamos para onde vai esse dinheiro. Qual o compromisso de quem recebe esse dinheiro e pra que é esse dinheiro. Por isso a CPI das ONGs está mais atual do que nunca.
Plínio Valério diz que somente uma CPI vai conseguir abrir o que ele chama de caixa preta das ONGs na Amazônia.
É importante, essa caixa preta é isso, a gente saber pra onde vai tanto dinheiro, como vai, por que vai e pra onde vai e se prestam contas. De antemão te digo que não prestam contas. Então isso é que eu chamo de caixa preta e essa caixa preta só uma CPI pode abrir.
Com o fim da legislatura, período que compreende quatro anos de atividade parlamentar, as CPIs em funcionamento ou criadas são encerradas. Um novo pedido terá que ser feito, já com os senadores que assumem os cargos em primeiro de fevereiro, para a criação da CPI das ONGs.
Da Rádio Senado
