27/12/2022 às 13h14min - Atualizada em 27/12/2022 às 13h14min

Projeto Maniva Tapajós confirma potencial de manivas melhoradas geneticamente em Juruti | Portal Obidense

No início do projeto, os agricultores familiares do município receberam 5 mil manivas-sementes com cinco variedades, e após 1 ano de trabalho em conjunto, foi possível fazer a multiplicação para 18.125 manivas-sementes

Da Redação
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JURUTI - Por meio do Projeto Ingá (Indicadores de Sustentabilidade e Gestão na Amazônia), que é coordenado pelo Instituto Juruti Sustentável (IJUS) e implementado em parceria com diversas instituições, o Projeto Maniva Tapajós foi levado ao município de Juruti e já mostra resultados quanto ao fortalecimento da agricultura familiar no município, finalizando o primeiro ciclo de parceria com a Universidade Federal do Oeste do Pará (UFOPA). Após a entrega de manivas há um ano, cultivadas de forma experimental, agora os produtores realizam a colheita e partem para a produção individual.
 
 

A maniva é um pedaço do tronco adulto da mandioca que é plantado para dar origem a uma nova cultura. A folha da mandioca também é conhecida por esse nome, principalmente no Pará, onde é bastante utilizada na culinária.
 
 
A colheita tão esperada ocorreu no dia 10 deste mês, na área de experimento do Maniva Tapajós em Juruti, na comunidade Esperança dos Morais, no Projeto Estadual de Assentamento Agroextrativista (PeaexCurumucuri. Na ocasião, os participantes dialogaram sobre ideias e estratégias para fortalecer as parcerias. Com o sucesso da colheita experimental, nos dias 12 e 13 de dezembro ocorreram as entregas das manivas para beneficiários.
 
 
Marcos Amaral, responsável pelo Maniva Tapajós em Juruti e vice-presidente do IJUS fez um balanço das atividades. “Estamos fazendo a colheita, culminando com um ano de trabalho. Nós recebemos as manivas oriundas de nossa parceria com Secretaria de Estado de Desenvolvimento Agropecuário e da Pesca e por meio de todas as ações que realizamos, tais como ciclos de capacitações, visitas técnicas, conseguimos, hoje, fazer a multiplicação desse material e entregar para os produtores do Projeto Ingá. A gente espera que com essa iniciativa, consigamos fortalecer a cadeia produtiva da mandioca aqui em Juruti”, disse.
 
 
As manivas adquiridas pelo Projeto Ingá são melhoradas geneticamente pela Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária). O objetivo desse melhoramento é fornecer variedades de espécies com maior potencial produtivo, resistentes a pragas e flexíveis ao clima da região. Com isso, os produtores terão mais qualidades em suas plantações e nos produtos.
 
 
No início do projeto, os agricultores familiares de Juruti receberam 5 mil manivas-sementes com cinco variedades, e após 1 ano de trabalho em conjunto e de forma experimental, multiplicaram para 18.125 manivas-sementes. A partir do recebimento das mudas, os produtores iniciaram a plantação e todo o processo foi acompanhado de perto pela equipe do programa Maniva Tapajós. Estas manivas-sementes serão destinadas para cinco áreas de Safs (sistemas agroflorestais), o objetivo é a distribuição ainda para outros agricultores.
 
 
Para Edileuza Santos, agricultora do Projeto Ingá, moradora na Comunidade Alto Alegre, foi uma “honra” receber as manivas. “Principalmente para nós agricultores, porque assim como ela é melhorada, ela é mais resistente a pragas e terá mais resistência para termos mais produtividade”, comemorou.
 
 
Importante destacar que não serão abertas novas áreas para o presente e futuros plantios, as manivas farão parte de outros cultivos plantados nas áreas de Safs já existentes. Dentro das diversas atividades do projeto Ingá, estão a recuperação de áreas degradadas, estas áreas não recebem ações de manivas e sim num primeiro estágio sua recuperação.
 
 
O Programa Projeto Maniva Tapajós, desenvolvido a partir do Instituto de Biodiversidade e Florestas (Ibef) e voltado para o fortalecimento da agricultura familiar por meio do ensino, pesquisa científica e extensão, agora terá atividades no município de Juruti. Ele é desenvolvido em alguns municípios do Oeste paraense com o objetivo de fortalecer a cadeia produtiva da mandioca com material de plantio de qualidade genética e fitossanitária para a região     .
 
 
Com as principais fontes de renda vindas da extração de bauxita e da agricultura familiar, o município de Juruti tem a maior parte da população formada por comunidades tradicionais e povos indígenas. Em um território de 830.500 hectares vivem atualmente cerca de 59 mil habitantes, dos quais 60% estão na zona rural, espalhados em mais de 200 comunidades.

 
O Projeto Ingá conta com investimentos da Agência dos Estados Unidos para o Desenvolvimento Internacional (USAID/Brasil), da Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA), da Alcoa, do Instituto Alcoa, além de parcerias com o Instituto Vitória Régia (IVR), o Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) e Alliance Bioversity International e      CIAT.

 
A iniciativa tem como prioridade três importantes regiões do município: o PEAEX do Curumucuri por meio da parceria com a Associação das Comunidades da Gleba Curumucuri (ACOGLEC) e com a Cooperativa Mista do Curumucuri; o PEAEX Prudente e Monte Sinai, em parceria com a Associação das Comunidades Prudente e Monte Sinai (ACOPRUMS); e a Área de Proteção Ambiental (APA) do Jará, onde o trabalho é realizado juntamente com o conselho da Unidade de Conservação. Nesses locais vivem cerca de 1.900 famílias. Ocorrem ainda ações na área urbana de Juruti. Por isso, a prefeitura municipal é outro importante parceiro no projeto, como beneficiário em ações formativas e nos trabalhos voltados à gestão pública.
 
 
Sobre o IJUS
O Instituto Juruti Sustentável (IJUS), reconhecido como Organização de Utilidade Pública pelo Governo do Estado.
 
 
O IJUS é um espaço público permanente de diálogo, debate e ação coletiva entre seus associados e a sociedade em geral, que visa contribuir para o desenvolvimento sustentável de Juruti e entorno. O Instituto tem por escopo, também, apoiar financeiramente ações, projetos e programas, reembolsáveis ou não reembolsáveis que integrem aspectos sociais, humanos, econômicos e ambientais, através do Fundo Juruti Sustentável-FUNJUS.
 
  
Sobre o Instituto Alcoa
Fundado em 1990, no Brasil, o Instituto Alcoa é uma entidade sem fins lucrativos, que tem o propósito de transformar coletivamente os territórios em que a Alcoa está presente – Poços de Caldas (MG), São Luís (MA) e Juruti (PA) – a fim de torná-los mais inclusivos e menos desiguais.
 
 
Para isso, o Instituto Alcoa promove iniciativas em educação e geração de trabalho e renda, causas estruturantes para o desenvolvimento de uma sociedade mais justa, além de incentivar a participação social e o diálogo em torno das causas como forma de mobilização para o engajamento. Sua atuação se conecta às políticas públicas e agendas de interesses globais, como os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS).
 
 
Sobre a USAID
 A USAID é uma das principais agências de desenvolvimento internacional do mundo e um ator catalisador que impulsiona os resultados do desenvolvimento. A USAID trabalha para ajudar a melhorar vidas, construir comunidades e promover a democracia e o desenvolvimento sustentável nos países onde atua.
 
 
Sobre a PPA
A Plataforma Parceiros pela Amazônia (PPA) é uma iniciativa de ação coletiva multissetorial que visa desenvolver e identificar soluções inovadoras e tangíveis para o desenvolvimento ustentável e a conservação da biodiversidade, florestas e recursos naturais da Amazônia brasileira. Criada no final de 2017, a PPA busca alavancar investimentos de impacto socioambientais positivos na Amazônia brasileira, compartilhar boas práticas e fomentar  arcerias inovadoras que integrem todos os setores da sociedade.Saiba mais em ppa.org.br.
 
 
Sobre o IEB
O Instituto Internacional de Educação do Brasil (IEB) é uma associação brasileira sem fins econômicos, sediada em Brasília, fundada em novembro de 1998, com a missão de fortalecer os atores sociais e o seu protagonismo na construção de uma sociedade justa e sustentável. O IEB se destaca no cenário nacional por dedicar-se a formar e capacitar pessoas e fortalecer organizações nos diversos aspectos e temas relacionados ao meio ambiente, desenvolvimento e à sustentabilidade.
 
 
Sobre a IIVR
O Instituto Vitória Régia é      uma instituição      sem fins      lucrativos,      fundada no dia 06 de novembro de dois mil e dois, sendo sua sede e Foro na cidade de Belém, capital do Estado do Pará. Atualmente essa instituição está qualificada como OSCIP (Organização da Sociedade Civil de Interesse Público).
O Instituto Vitória Régia foi criado com finalidades Científicas, Tecnológicas e Culturais e atuando principalmente nas questões ambientais, produtivas, educacionais e sociais, e visa estabelecer, através da organização e da formação de grupos de pessoas, medidas estratégicas que viabilizem eventos e ações eficazes na promoção do desenvolvimento sustentável e da melhoria da qualidade de vida.
 
 


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