18/11/2022 às 12h14min - Atualizada em 18/11/2022 às 12h14min

Governo eleito admite mudanças na PEC da Transição para garantir a aprovação até meados de dezembro | Portal Obidense

Entre as mudanças está a definição de um prazo para que essas despesas fiquem de fora da regra fiscal.

Hérica Christian
Da Rádio Senado

Portal Obidense  Publicidade 790x90

Da Rádio Senado
BRASÍLIA - O mercado financeiro reagiu negativamente à PEC da Transição, que retira do teto de gastos as despesas com o Auxílio Brasil, além de verbas de contratos das universidades públicas, doações internacionais para a proteção da Amazônia e R$ 23 bilhões de receitas extraordinárias para investimentos em infraestrutura. No total, R$ 198 bilhões poderão ser usados pelo governo eleito bancar promessas de campanha e garantir dinheiro para programas nacionais, como o Farmácia Popular. O receio de investidores de um descontrole nas contas públicas fez com que o dólar subisse e a Bolsa de Valores de São Paulo caísse no dia seguinte à apresentação da minuta. Mas o vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, já admitiu que a proposta deverá ser alterada durante a votação no Senado e na Câmara dos Deputados. Uma das mudanças pode ser o prazo de exclusão das despesas do Auxílio Brasil, que voltará a se chamar Bolsa Família. A proposta do governo eleito faz a retirada de forma definitiva, mas há sugestões para limitá-la a um ano ou a quatro anos. O valor também poderá ser reduzido. Geraldo Alckmin declarou que a palavra final será do Legislativo.
 
Tudo está sendo feito no sentido de fortalecer o Legislativo. Nós queremos sempre, e o presidente Lula tem orientado, fortalecer a política no sentido de se resolver problemas. E quem tem que dar a palavra final é um Legislativo, é o Senado e a Câmara. A recepção foi boa, muito boa, mas não quer dizer que essa proposta seja aprovada, mas é um início importante.

 
O relator do Orçamento Geral de 2023, senador Marcelo Castro, do MDB do Piauí, também admitiu mudanças na minuta ao afirmar que os líderes partidários deverão apresentar um texto consensual a ser transformado numa proposta de emenda à Constituição.
 
Nós vamos pegar essas sugestões que a equipe de transição nos trouxe. Vamos negociar internamente com as lideranças aqui do Senado até nós chegarmos a um entendimento de qual seria o texto ideal. O ideal aqui é um possível e aquilo que tem a maior probabilidade de ser aprovado, então, só nesse momento nós começaremos a colher as assinaturas.
 
A PEC da Transição será votada primeiramente pelo Senado até o final de novembro. Quando chegar à Câmara dos Deputados, a proposta será juntada a uma outra com tramitação avançada para encurtar o tempo de discussão e ser aprovada na primeira quinzena de dezembro.


Link
Tags »
Notícias Relacionadas »
Comentários »
Fale pelo Whatsapp
Atendimento
Precisa de ajuda? fale conosco pelo Whatsapp