03/11/2022 às 08h58min - Atualizada em 03/11/2022 às 08h58min

Mortandade de peixes na Baía de Guanabara | Portal Obidense

Mortandade de peixes na Baía de Guanabara

Da Redação
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RIO - Em 27 de outubro a ONG Baía Viva denunciou um navio jogando ‘resíduos tóxicos’ (como ela disse) na maltratada e pouco fiscalizada Baía de Guanabara. Ato contínuo, houve mais uma mortandade de peixes. Surpreendente mesmo é que ainda haja peixes numa das baías mais poluídas do mundo. Segundo o  site da ONG Pescadores flagraram o navio Pacific Moonstone despejando resíduos tóxicos perto das praias já castigadas da Baía da Guanabara, na Ilha do Governador, no terminal Torguá, terminal de entrega de querosene da Petrobrás. 

Quando aconteceu o despejo 

Segundo a Baía  Viva, Foi na quinta-feira, 27 de outubro, quando os vídeos e fotos começaram a chegar aos voluntários da Comunicação do Movimento Baía Viva. O navio é um graneleiro de carga líquida, da Pacific Tankers batizado Moonstone, Pedra da Lua, em inglês. De acordo com a denúncia, possivelmente era um processo de lavagem de tanque, por conta do cheiro e da espuma gerada no processo.
 
Este site também já flagrou navios limpando seus porões dentro da baía, há cerca de dez anos. Como não há fiscalização, estes monstros de ferro se habituaram…assim acontece em qualquer local sem vigilância.
 
‘Um dia antes, outra denúncia já avisava que no Gradim, em São Gonçalo, na ponte Rio Niterói e até nas praias da Engenhoca e do Zumbi, na Ilha do Governador, estavam aparecendo milhares de peixes mortos ao mesmo tempo, por algum processo coletivo  de contaminação ou falta de oxigênio. Ainda não houve resposta das autoridades sanitárias e de Meio ambiente.’
 
Contudo, a ONG esclarece que ‘Ainda não foi possível determinar se os dois eventos estão relacionados. Mas ainda que não estejam são sinais de que vários ataques acontecem à Baía de Guanabara cotidianamente e por vezes acontecem ao mesmo tempo.’ 

Pescadores e esportistas flagraram 

Segundo o www.diariodoporto.com.br  ‘Pescadores artesanais e praticantes de esportes náuticos flagraram a cena e denunciaram a situação  nas redes sociais.’
 
No início do mês de outubro, diz o diariodoporto, a Baía de Guanabara já havia sofrido com outro problema ambiental, o aparecimento de uma mancha de óleo que atingiu quilômetros de distância. O fenômeno vinha preocupando ambientalistas, que sinalizavam a ameaça que a mancha trazia para a existência da vida marinha na área.
 
E prossegue, De acordo com o ambientalista e fundador do movimento Baía Viva, Sérgio Ricardo, o aparecimento da mancha tem relação direta com a morte dos animais.
 
Está faltando oxigênio para os peixes. Até agora ninguém identificou a fonte de poluição, a sua causa, a extensão do dano ambiental e à pesca, nem há notícias da aplicação de multas ambientais. A impunidade ambiental está sacrificando os ecossistemas e a vida marinha na Baía de Guanabara 

Posição do Instituto Estadual do Ambiente (Inea) 

Ainda de acordo com o diariodoporto, Em nota, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) afirmou que técnicos da organização vistoriaram, na quinta-feira (27/10), a Baía de Guanabara na altura de Niterói, e também em Paquetá e não constataram a presença de peixes mortos no espelho d’água. A equipe também verificou que o nível de oxigênio dissolvido na água está dentro do estabelecido pela legislação ambiental para a manutenção da vida aquática.
 
Contudo, a mesma fonte diz que, Para Sérgio Ricardo, os projetos ambientais não realizam uma fiscalização preventiva nas águas, o que facilita que crimes ambientais continuem afetando a saúde dos animais que habitam a Baía de Guanabara.
 
Sérgio Ricardo finaliza,
 
Incrível como o Inea nunca vê o óleo nas águas da Baía de Guanabara apesar dos inúmeros vídeos e áudios de pescadores e praticantes de esportes náuticos que não deixam dúvidas sobre a presença de manchas de óleo, além das imagens chocantes do grande número de peixes mortos por causa das fontes de poluição que infelizmente não têm uma fiscalização preventiva por parte dos órgãos ambientais
 
Aí está, confirmando o que dissemos. Falta fiscalização em todo o litoral do Brasil, não só na Guanabara. Enquanto persistir a omissão os crimes ambientais prosseguirão.


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