19/08/2022 às 08h26min - Atualizada em 19/08/2022 às 08h26min

IFI projeta crescimento do PIB de 2% e superávit pela primeira vez | Portal Obidense

Novo relatório da instituição fiscal independente prevê, pela primeira vez, superávit para este ano. desde 2013, o Brasil só fecha as contas no vermelho.

Marcella Cunha
Da Rádio Senado

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Da Rádio Senado
BRASIL - A Instituição Fiscal Independente atualizou suas previsões para crescimento do PIB de 2022, que subiu de 1,4% para 2%. A estimativa está no mais recente Relatório de Acompanhamento Fiscal. Segundo o diretor-executivo da IFI, Daniel Couri, alguns fatores foram responsáveis pela melhora do desempenho econômico do País.
 
Os fatores condicionantes são os dados de alta frequência indicando que o segundo trimestre do ano vai ter um crescimento maior do que se esperava. E para o segundo semestre que anteriormente se esperava uma queda no ritmo agora tem um fator adicional que são essas medidas de estímulo com cortes de impostos e elevação de despesas que aumentam a renda disponível para consumo das pessoas.

 
ntre as medidas de estímulo está a PEC do Estado de Emergência,  aprovada pelo Congresso Nacional, que autorizou o governo a gastar mais R$ 41 bilhões com o aumento de benefícios sociais, a concessão de ajuda financeira a caminhoneiros e taxistas, ampliação da compra de alimentos para pessoas de baixa renda e a redução de tributos do etanol. A IFI também prevê um superávit de R$ 27 bilhões este ano no lugar de um déficit de quase R$ 41 bilhões. Isso significa que, pela primeira vez desde 2013, o país pode conseguir arrecadar mais do que gasta. O resultado positivo, no entanto, não vai se manter em 2023. A IFI reduziu em 0,1% a previsão anterior, chegando em um crescimento econômico de 0,6% no próximo ano. Segundo Couri, a queda no desempenho será afetada pelo aumento de juros promovido pelo Banco Central e o menor dinamismo do crescimento mundial.
 
Então para 2023 a gente já não espera um desempenho tão forte assim. O resultado primário até se aproxima mais de zero e a dívida até cresce. Então para ano que vem a gente não manteria essa trajetória de crescimento de resultado primário, a gente vai crescer menos, a inflação vai estar menor e o resultado primário vai ser menor também, com juros altos ainda.
 
relatório da IFI também mostra um aumento de despesas no ano que vem na ordem de R$ 1,8 bilhões se aprovado o reajuste de 18% para ministros do Supremo Tribunal Federal. O aumento salarial, com impacto para todo o Poder Judiciário, depende da aprovação do Congresso Nacional.


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