11/07/2016 às 10h15min - Atualizada em 11/07/2016 às 10h15min

Círio fluvial mais longo da história marcou a abertura da festividade de Sant’Ana 2016

Tradicional procissão pelas águas do rio Amazonas, reuniu centenas de embarcações e foi marcada por diversas homenagens

Por: Érique Figueirêdo
Foto: Mauro Pantoja

ÓBIDOS – Centenas de embarcações participaram na tarde de domingo (10) do tradicional Círio Fluvial de Sant’Ana, que em 2016 alcançou a marca histórica de 80 edições. A romaria fluvial que todos os anos é realizada no segundo domingo do mês de julho, saiu pela primeira vez da comunidade Januária.

A imagem foi conduzida por uma embarcação de médio porte, que recebeu uma estrutura, onde foi erguida a ornamentação, que tinha como destaque a redoma com a imagem de Sant’Ana. O formato mais simples, implementado pela diretoria desde o ano passado, tem buscado valorizar as comunidades da área de várzea de Óbidos e diminuir os custos com as grandes ornamentações que eram feitas nas balsas. “O que nós queremos é incentivar a participação dos ribeirinhos no nosso círio, por isso estamos mantendo o formado da embarcação que conduz a imagem, sem mudar a essência da nossa festa, que é de todo o povo católico obidense”, disse Emerson de Lima Canto, presidente da Festividade.

Os preparativos do círio fluvial, organizado pela Colônia de Pescadores Z-19, envolveu moradores de diversas comunidades da área da Januária, que se dedicaram na organização do evento que marcou a abertura da festividade. “Nossa comunidade está muito feliz por receber pela primeira vez o círio de Sant’Ana, todos os moradores se dedicaram na organização e estão gratos por nossa comunidade ter sido escolhida para receber a nossa padroeira”, disse emocionado o presidente da comunidade Januária, Adiano Cruz.

Por conta da distância a saída da romaria fluvial também sofreu alteração, a embarcação que conduziu a imagem de Sant’Ana saiu por volta das 14h da frente da capela de Nossa Senhora de Nazaré, e iniciou a sua longa viagem subindo o rio Amazonas, devido a distância o círio fluvial deste ano, foi um dos mais longos da história, com quase quatro horas de duração.

Ao longo do percurso várias comunidades, também pela primeira vez, prestaram suas homenagens à padroeira dos católicos obidenses. Altares com imagens de Sant’na e salvas de fogos marcaram a trajeto.

No final da tarde de domingo, a embarcação que conduzia a imagem de Sant’Ana entrou no laguinho, acompanhada por diversas embarcações de pequeno porte. Novamente o trajeto foi marcado por inúmeras homenagens, até chegar ao porto improvisado no campo do bairro Bela Vista, onde a imagem foi recepcionada por Dom Bernardo e Pe. Davenir, pároco de Sant’Ana. “Esse é sem dúvida um dos momentos mais importantes da nossa devoção, quando o povo caminha juntamente com a sua mãe Sant’Ana e sua filha Maria, fazendo com que a fé se renove”, ressaltou Dom Bernardo, bispo da Diocese de Óbidos.

Milhares de fiéis acompanharam a procissão terrestre, que percorreu três bairros da cidade. Os moradores ornamentaram a maior parte do trajeto com velas, que indicavam o percurso por onde a imagem passaria. Diversas homenagens de moradores e de instituições, tornaram a procissão ainda mais emocionante.

O andor com a imagem de Sant’Ana chegou a Praça Barão do Rio Branco, por volta das 20h30, onde foi rezada a missa campal do círio, presidida por Dom Bernardo e concelebrada por diversos padres da diocese. A chegada foi marcada pelos badalos do sino da Catedral de Sant’Ana e por um show pirotécnico.

 

 

 


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