ÓBIDOS - A violência contra a mulher é um tema que embora muito debatido ainda gera um certo constrangimento social, de um lado a falta de conhecimento e do outro o preconceito podem ser dois dos maiores aliados desse crime tão comum e que faz milhares de vítimas todos os dias. Em Óbidos, a Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social (SEMDES) realiza desde o dia 25 de novembro várias ações visando chamar a atenção da população e acredite, a violência psicológica é muito maior que a agressão física que nem sempre é denunciada as autoridades.
De acordo com a psicóloga do Centro de Referência Especializado em Assistência Social (CREAS) Ana Paula Ferreira, o número de agressões físicas registrado em Óbidos é alarmante e o objetivo da campanha é alerta a sociedade para esta realidade. “Quase todos os dias o CREAS recebe tanto do poder judiciário, com relação às medidas protetivas daqueles casos que já geraram processo, quanto das demandas espontâneas, um número muito grande
O medo e a dependência financeira são hoje alguns dos principais fatores que fazem com que muitas vítimas de agressões físicas e psicológicas se calem, e quando a mulher encontra forças para falar, a falta de apoio emocional contribui para que abandone o acompanhamento. “A maior dificuldade encontrada dentro do CREAS é manter essa mulher no acompanhamento, infelizmente no decorrer do acompanhamento eles acabam desistindo seja por medo, por dependência financeira e a ideia é mostrar que essa mulher ela é vítima de um crime que precisa de uma punição”, enfatizou a psicóloga.
A Campanha “Os 16 dias de ativismo pelo fim da violência contra a mulher”, teve início no dia 25 de novembro com uma mesa redonda sobre o tema e de acordo com a Secretária de Desenvolvimento Social, Amanda Filizolla, a bandeira pelo fim da violência contra a mulher necessita ser levantada todos os dias. “A Campanha visa combater os vários tipos de violência sofrida pela mulher, então nós tivemos palestras nos Centros de Convivência, e nas nossas Escolas e Associações e tivemos as blitz de sensibilização e essa é uma luta que deve ser de toda a sociedade. Infelizmente a violência contra a mulher acontece às vezes tão perto de nós e a gente finge que não vê, todos nós devemos lutar contra essa realidade”, finalizou a secretária.