ÓBIDOS - Promovida pela Promotoria de Justiça da Comarca de Óbidos, no oeste do Pará, uma Audiência Pública realizada na tarde desta segunda-feira (20) no auditório o Centro de Formação Dom Floriano Loewenau, discutiu a possibilidade de reabertura do abatedouro municipal, interditado desde março de 2013 por conta das péssimas condições da estrutura do local e das condições inadequadas de higiene.
A audiência foi idealizada pela promotora de justiça Lilian Regina Furtado Braga. Também participaram da consulta popular o vice-prefeito Isomar Barros; José Carlos de Souza, presidente da Câmara de Vereadores; Celso Rodrigues, secretário de Meio Ambiente; Tatiane Hage, coordenadora local da Agência de Defesa Agropecuária do Pará (Adepará); Giovanni Giordano, presidente do Sindicato Rural de Óbidos; marchantes e o proprietário do frigorifico particular que presta o serviço atualmente.
A reabertura do abatedouro é requerida pela facilidade de acesso dos pequenos produtores ao mercado de corte, hoje prejudicado com os altos custos para chegada dos animais ao abatedouro mais próximo, localizado a 19 km da sede do município. Além de uma série de outras questões que sustentam a necessidade de reabertura do espaço.
O MP quer com as discussões, garantir um serviço que beneficie a comunidade e não polua o meio ambiente. “São preocupações que não só devem ser do Ministério Público, mas de toda a população obidense. Precisamos ter a garantia de que temos um estabelecimento que vem para o desenvolvimento da comunidade, e que não vai comprometer o meio ambiente, que não pode posteriormente comprometer a saúde pública”, explicou a promotora de justiça, Lilian Regina.
Outro foco das discussões é a garantia – caso o abatedouro seja reaberto – de um serviço de qualidade, possibilitando que o obidense encontre no mercado carne de qualidade, por um preço justo, atendendo todas as exigências da Vigilância Sanitária e do Ministério da Agricultura.
O representante do Poder Executivo, levantou questões importantes quanto as condições para a conclusão da reforma que está parada. O governo se comprometeu em apresentar uma nova proposta técnica para os órgãos reguladores, observando todas as questões ambientais, estruturais e técnicas para a retomada da obra. “Nós entendemos que discussões como essa nos aproximam da classe que atua nesse mercado, e nos possibilita apresentar com clareza se temos ou não condições de reativar esse serviço. Precisamos ter a exata noção e a segurança de que é viável e necessário a reabertura do matadouro, e por isso vamos agilizar e reavaliar esse projeto, discutindo sempre com a comunidade e o Ministério Público”, garantiu o vice-prefeito Isomar Barros.
Não há prazo para a entrega da nova proposta técnica de reforma do abatedouro, e o assunto será pauta de diálogo permanente entre Ministério Público, Prefeitura Municipal, órgãos reguladores e a classe marchante.