23/05/2024 às 23h42min - Atualizada em 23/05/2024 às 23h42min

Colunista: Toffoli tem “o poder da caneta que apaga propina”

Francisco Leali comentou decisão do ministro de anular as condenações de Marcelo Odebrecht

Da Redação
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Dias Toffoli Foto: Foto: Fellipe Sampaio /SCO/STF

BRASIL - Após o ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), anular as condenações do empreiteiro Marcelo Odebrecht, o jornalista Francisco Leali avaliou que o magistrado inventou “o ‘poder da caneta’ que apaga propina, confissão de crime e caixa 2”.

Em coluna publicada no jornal O Estado de São Paulo na terça-feira (21), o comunicador apontou um paradoxo na decisão favorável ao “príncipe” da Odebrecht, que foi a maior construtora civil do país. A contradição consiste no fato de que Toffoli derrubou as condenações, mas não a delação feita por Marcelo.

– Da pena do ministro [Toffoli] sai uma decisão que leva a um paradoxo. Na delação, Marcelo Odebrecht confessou crimes e apontou outros culpados das mais variadas siglas partidárias. Do PT ao PSDB passando por históricos do MDB. O acordo da delação ainda estaria de pé, mas as condenações que decorreram disso e foram impostas ao empresário caíram. Temos crime, mas as confissões não valem para impor punição – observou Leali.

A decisão de Toffoli foi tomada sob a justificativa de que houve irregularidades na condução do processo por parte do ex-juiz da Lava Jato, Sergio Moro.

– Antes de se saber que o juiz do caso tinha um lado, soube-se pela voz própria de corruptos e corruptores que os contratos da Petrobras bancavam propina milionária do mundo político. (…) Ainda que os investigadores tenham descoberto que a Odebrecht tinha um departamento para tratar do suborno e do pagamento de caixa 2 nas campanhas eleitorais e mantinha sistema secreto guardado fora do país, fica agora valendo que Marcelo, o principal gestor da empresa, não poderia ter sido condenado por isso. Pelo menos não por Moro, e não como foi conduzido o processo – acrescentou o jornalista.

O colunista também cita a anulação das condenações do ex-deputado federal José Dirceu, decisão tomada também por Dias Toffoli nesta terça. Para Leali, o magistrado “sabe que detém o atributo de redimir Marcelo Odebrecht dos crimes que cometeu” e “tira proveito dos desvios do juiz que trocou a toga pelo palanque”.

 

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