23/04/2024 às 08h46min - Atualizada em 23/04/2024 às 08h46min

Cólera volta a ser registrada no Brasil após 18 anos sem casos da doença

Bacteriana infecciosa intestinal aguda mata até 143 mil pessoas por ano no mundo, de acordo com dados da OMS.

Da Redação
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Foto: RCP/Medea

BRASIL - Após um intervalo de 18 anos sem registros de casos autóctones de cólera no Brasil, o país se deparou com um diagnóstico preocupante no mês de março, mas notificado publicamente nesta terceira semana de abril.

O Ministério da Saúde confirmou a presença da doença no último domingo (21), informando que, até o momento, não há evidências de outros casos no país. O termo “autóctone” refere-se aos casos originados no local em que são diagnosticados, indicando que a contaminação ocorreu em solo brasileiro.

O paciente em questão, um homem de 60 anos residente em Salvador (BA), não havia viajado para outras localidades, o que sugere que a infecção ocorreu na própria cidade em que vive. Esta é a primeira vez desde 2005 que um caso autóctone de cólera é identificado no Brasil. Os registros anteriores datam de 2004, com 21 ocorrências, todas em Pernambuco.

O homem apresentou sintomas em meados de março, incluindo dor abdominal e diarreia aquosa, após ter utilizado antibióticos duas semanas antes para tratar outra enfermidade. O período de incubação da bactéria Vibrio cholerae, causadora da cólera, é geralmente de dois a três dias, durante os quais os sintomas se manifestam. A doença se caracteriza pela produção de toxinas que afetam o intestino, alterando o equilíbrio de sódio e cloreto no organismo, resultando em uma grande perda de líquidos e sais minerais vitais.

Além dos sintomas gastrointestinais, como vômitos, cãibras e dor abdominal, a cólera pode levar à desidratação grave e até mesmo à morte do paciente. Atualmente, 24 países enfrentam surtos da doença, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) alerta para o aumento global de casos.

A cólera é transmitida principalmente pela ingestão de água ou alimentos contaminados com fezes, além da transmissão pessoa a pessoa. Diante do novo caso, as autoridades de saúde alerta a importância da vigilância sanitária, especialmente em regiões com infraestrutura de saneamento básico precária.

Embora existam vacinas contra a cólera, sua utilização é indicada principalmente em áreas endêmicas ou durante crises humanitárias. Em outras regiões, a prevenção é baseada na melhoria das condições de saneamento básico.

 

 

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