14/02/2024 às 08h55min - Atualizada em 14/02/2024 às 08h55min

Ex-ministro Marco Aurélio sobre medidas de Moraes: “Extremadas”

Ex-integrante da Suprema Corte se manifestou contra medidas aplicadas contra o ex-presidente Jair Bolsonaro

Da Redação
Pleno News

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Marco Aurélio Mello, ex-ministro do STF Foto: STF/SCO/Nelson Jr.

 

BRASIL - O ex-ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Marco Aurélio Mello chamou de “extremadas” as medidas tomadas pelo ministro Alexandre de Moraes que culminaram na operação da Polícia Federal que teve como alvos o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e seus aliados. A declaração foi feito em uma entrevista concedida pelo ex-membro da Suprema Corte à revista Veja.

– Uma busca e apreensão na casa de um cidadão enxovalha o perfil dele. Vamos apurar sem açodamento – declarou.

Mello também disse que a investigação do caso vem sendo conduzida “de forma muito abrangente”, o que, para ele “implica desgaste para a instituição do Supremo”. O ex-ministro fez questão de dizer que “é hora de temperança, de se presumir não o excepcional, mas o corriqueiro, o ordinário”.

– Não podemos partir do pressuposto de que todos são salafrários – resumiu.

SOBRE A OPERAÇÃO
Batizada de Tempus Veritatis, a ação teve como objetivo, segundo a PF, apurar a existência de uma suposta organização que atuou na tentativa de obter vantagem de natureza política com a manutenção de Bolsonaro no poder.

Ao todo, os agentes da PF saíram para cumprir 33 mandados de busca e apreensão, quatro mandados de prisão preventiva e 48 medidas cautelares diversas da prisão, expedidas pelo Supremo Tribunal Federal (STF), nos estados do Amazonas, Rio de Janeiro, São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Ceará, Espírito Santo, Paraná, Goiás e no Distrito Federal.

Foram alvos da ação o ex-presidente Jair Bolsonaro; os ex-ministros da Justiça Anderson Torres; do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) general Augusto Heleno, o candidato a vice na chapa de Bolsonaro em 2022, general Walter Braga Netto; o ex-ministro da Defesa general Paulo Sérgio Nogueira; e o presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, que chegou a ficar preso por porte ilegal de arma de fogo.

Entre os detidos na operação também estiveram o ex-assessor da Presidência para assuntos internacionais, Filipe Martins, e o coronel Marcelo Câmara, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.

 


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