30/08/2023 às 10h40min - Atualizada em 30/08/2023 às 10h40min

MRN investirá R$ 900 milhões para continuidade operacional da empresa no Pará

Empresa apresentou o Projeto Novas Minas (PNM) na Exposibram 2023, em Belém (PA), nesta terça-feira (29)

Da redação

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MRN investirá R$ 900 milhões para continuidade operacional da empresa no Pará

ORIXIMINÁ - A Mineração Rio do Norte (MRN) deu início ao licenciamento do Projeto Novas Minas (PNM), na região Oeste do Pará, por meio do qual pretende prolongar a produção sustentável de bauxita em mais 15 anos, de 2027 a 2042. O empreendimento, que prevê um investimento de R$ 900 milhões, foi apresentado nesta terça-feira (29), pelo diretor-presidente da empresa, Guido Germani, durante o painel “Novos projetos de mineração”, na Expo & Congresso Brasileiro de Mineração 2023 (Exposibram 2023), que segue até 31 de agosto, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia, em Belém-PA.
 

Nesse painel, as empresas debateram sobre os desafios de se implantar projetos na região amazônica e como a atividade mineral pode transformar o local, deixando um legado positivo. Além da MRN, a programação reuniu representantes do Ministério de Minas e Energia (MME) e de outras quatro empresas. A conversa foi moderada pelo diretor de Metais Básicos e Novos Negócios da BEMISA, Marcos André Gomes Veiga Gonçalves. O objetivo do debate foi mostrar como os grandes projetos de mineração no Brasil movimentam as comunidades e as economias locais, além de levarem desenvolvimento para a região onde são implantados.


 
De acordo com Germani, o projeto está em fase de licenciamento ambiental e o primeiro passo foi dado em maio deste ano, quando o Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) realizou as audiências públicas nas comunidades que terão interface com o PNM.

“Nessas reuniões, os representantes da MRN apresentaram para a comunidade as formas de atuação da empresa, o ciclo sustentável de produção de bauxita e o que mudará com o projeto de continuidade operacional”, enumera o CEO da empresa. Além disso, segundo ele, também foram apresentados os projetos socioambientais já desenvolvidos pela MRN, bem como esclarecidas dúvidas sobre os possíveis impactos ambientais provenientes da operação e os planos de mitigação. Esses esclarecimentos foram feitos por representantes ligados às áreas técnicas, ambiental e de relacionamento com as comunidades da empresa.
 
O Projeto Novas Minas prevê a mineração de cinco novos platôs: Rebolado, Escalante, Jamari, Barone e Cruz Alta Leste, localizados nos municípios de Oriximiná, Terra Santa e Fato, todos na região Oeste do Pará. Os platôs são superfícies elevadas com topos relativamente planos, com altura entre 150 e 230 metros, onde geralmente se localiza a bauxita. A bauxita, por sua vez, é uma rocha vermelha encontrada no subsolo desses platôs.
 
O minério atualmente lavrado pela MRN chega ao fim em 2027. Segundo Germani, a continuidade operacional da empresa vai contribuir para a manutenção e a criação de novos postos de trabalho na região, além da geração de divisas e tributos para os municípios de Oriximiná, Terra Santa e Faro – com a chegada do empreendimento, o município também será beneficiado com a arrecadação de tributos referentes à lavra de bauxita. Ainda de acordo com o executivo, a continuidade da operação também garantirá a manutenção de projetos socioeconômicos e ações ambientais na região onde atua. Milhares de pessoas são beneficiadas pelas mais de 60 iniciativas socioambientais realizadas pela empresa, divididas entre leis de incentivo, cumprimento de condicionantes e ações de responsabilidade social corporativa.
 
Na operação dessa área, explica o presidente da MRN, haverá como diferencial sustentável o uso do Método de Disposição de Rejeito Seco em Cava.  O rejeito é o resíduo que sobra após a lavagem do minério, em um processo que utiliza apenas água, sem produtos químicos. Após esse processo, o rejeito passa por secagem e, em seguida, retorna para a cava de onde o solo foi retirado. Depois de preenchidos, esses reservatórios são desativados e reflorestados com vegetação nativa. A utilização dessa tecnologia resulta em diversos benefícios, tais como a aceleração do processo de recuperação florestal das áreas já mineradas, diminuição da necessidade de retirada de vegetação e reutilização de reservatórios para a secagem do rejeito.




 


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