06/04/2023 às 19h01min - Atualizada em 06/04/2023 às 19h01min

Lula acredita em acordo entre Lira e Pacheco para superar crise das MPs: ‘País não pode ficar parado’ | Portal Obidense

Presidente afirmou que lideranças da Câmara e do Senado devem encontrar meio-termo para votar medidas essenciais para seu programa de governo e pontuou que não sente dificuldade de diálogo com Congresso Nacional

Da Redação
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BRASIL - Em meio ao impasse entre Rodrigo Pacheco (PSD) e Arthur Lira (PP) a respeito do rito de tramitação das MPs, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva expressou o desejo que os parlamentares cheguem a um acordo para agilizar a aprovação das medidas provisórias pendentes no Congresso Nacional. Durante conversa com jornalistas nesta quinta-feira, 6, no Palácio do Planalto, Lula defendeu que, apesar da discordância entre o líder do Senado e o líder do Câmara, os dois devem encontrar um meio-termo para que as medidas andem e o país não fique parado. “Nós temos, pelo menos é o que vejo pela imprensa, uma divergência entre presidente da Câmara e o do Senado. Quem é que pode mais, quem é que pode menos? Eu já tive oportunidade de conversar com o presidente do Senado e da Câmara e tenho certeza que os dois vão se colocar de acordo em votar coisas que precisam ser votadas, porque o país não pode ficar parado”, pontuou. Contudo, o presidente se mostrou confiante com a aprovação de medidas essenciais para que a gestão cumpra suas promessas eleitorais. “Eu até hoje não senti nenhuma dificuldade com o Congresso Nacional. Eu não era presidente ainda e conseguimos aprovar a PEC [da Transição] que parecia ser impossível de ser aprovada. Foi aprovada com votação de deputados e senadores”, ressaltou. Lula ainda afirmou que não pretende trocar nenhum dos ministros de seu governo.
 

Prestes a completar 100 dias do terceiro mandato de Lula à frente da Presidência da República, os congressistas ainda não aprovaram nenhuma das MPs apresentadas, o que coloca em risco programas importantes, assim como a própria formação do governo e a existência de alguns ministérios. Os aliados do presidente da Câmara, Arthur Lira, defendem que o modelo atual, adotado temporariamente durante a pandemia de Covid-19, é mais moderno e ágil, devendo ser mantido. No entanto, os senadores argumentam que, findado o período de emergência sanitária em razão do coronavírus, o rito anterior — e previsto na Constituição — deve ser retomado. Isso significa que, a cada MP apresentada, uma comissão mista com 12 deputados e 12 senadores s será formada. Textos foram apresentados na gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e a maioria deles já recebeu aval da Câmara dos Deputados, após esforço concentrado na semana passada. Ou seja, é grande a possibilidade de que o Senado vote todas até o final do mês.
 

Como mostrou a Jovem Pan, a discussão deve perdurar ao menos até a primeira quinzena de abril. Isso porque o calendário para instalação dos colegiados entre deputados e senadores deve ser definido apenas depois da Páscoa, quando o líder do governo no Congresso Nacional, senador Randolfe Rodrigues (Rede-AP), vai se encontrar com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), em busca de um acordo. Prestes a completar 90 dias do terceiro mandato de Lula à frente da Presidência da República, os congressistas ainda não aprovaram nenhuma das MPs apresentadas, o que coloca em risco programas importantes, assim como a própria formação do governo e a existência de alguns ministérios. Entre membros da base governista, a expectativa inicial era que a primeira comissão mista fosse instalada naterça-feira, 4. Segundo auxiliares do presidente da Câmara ouvidos pelo site da Jovem Pan, o potencial avanço nas MPs deve acontecer depois da Páscoa, quando deputados e senadores retomam os trabalhos após o feriado prolongado.
 

Buscando agilizar o processo, o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, afirmou que o governo fechou um acordo para que ao menos quatro, das doze medidas provisórias pendentes de votação, passem por análise de comissões mistas no Senado FederalA gestão havia acordado com parlamentares que algumas MPs seriam votadas sem passar por comissões para agilizar o processo. A composição dos grupos ainda não foi definida. Segundo Padilha, serão formadas comissões apenas para as MPs que os parlamentares desejem realizar um debate mais profundo sobre o tema. Entre elas estão a MP que recriou o Bolsa Família no valor de R$ 600, a que estabelece novos ministérios e secretárias (como o Ministério da Cultura e o da Igualdade Racial), a de novas regras para o Conselho de Administração de Recursos Fiscais (Carf) e a retomada do programa Minha Casa, Minha Vida. As demais serão transformadas em projetos de lei de urgência. Contudo, o ministro reforçou que o governo trabalhará para aprovar todas as doze medidas.

 


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