09/02/2023 às 09h50min - Atualizada em 09/02/2023 às 09h50min

Senador Plínio Valério diz que ataques ao Bacen demonstram importância de manter controle da inflação longe da política

Autor do projeto que deu origem à lei da autonomia do Banco Central repudiou declarações do presidente lula contra política de juros da instituição

Por: Bruno Lourenço

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Senador Plínio Valério - Repudia falar do Presidente Luiz Inácio Lula da Silva
BRASIL - O senador Plínio Valério diz que os ataques do presidente Lula e de outros integrantes do governo, como a ministra de Ciência e Tecnologia, Luciana Santos, às taxas de juros demonstram o acerto da lei que assegurou autonomia ao Banco Central.

Não fosse a independência do banco para definir as taxas de juros, afirma o senador do PSDB do Amazonas, o Brasil não teria uma das menores taxas de inflação do mundo desenvolvido e o país poderia ter trilhado o caminho da Argentina. Ele lembrou que apesar de quase ter batido nos três dígitos de inflação, o país vizinho teve a política econômica elogiada por Lula.


Plínio Valério teme que por trás das críticas esteja algum plano de Lula para mexer no presidente do Bacen, Roberto Campos Neto. Que diz que caso o presidente alegue incompetência quem vai decidir sobre isso é o Conselho Monetário Nacional e depois vai vir para o Senado. E nós não vamos referendar ou não. E nós não vamos referendar uma maluquice dessas. A autonomia do Banco Central deu certo.


 

O PT está magoado, está chateado porque não vai poder emitir moeda. Baixar juros é emitir moeda. E graças à autonomia do Banco Central o Brasil foi salvo, já imaginou o petista, com essa loucura dele, levar o país à inflação.

O líder do governo no Senado, Jaques Wagner, do PT da Bahia, no entanto, diz que o presidente Lula está apenas externando uma opinião compartilhada por grande parte da população. A de que os juros estão altos. Mas que vai respeitar o comando do Bacen, assim como o fez nos seus outros dois governos.

Ele tem mandato, não vai usurpar o mandato. Na minha opinião não tem sentido. Ele tem o mandato. Não vejo como atitude do presidente romper com a legalidade. Algumas coisas ele vai naquilo que é direito dele, vai tentar trabalhar pra mudar. Mas até porque na minha opinião não vale a pena essa briga.

O mandato de Roberto Campos Neto à frente do Banco Central vai até dezembro de 2024. O Comitê de Política Monetária do Banco Central é responsável por fixar a taxa de juros de referência da economia, a Selic. Os juros são mantidos em níveis mais altos quando o Copom verifica uma pressão pelo aumento dos preços e da inflação.



 


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