11/09/2023 às 15h50min - Atualizada em 11/09/2023 às 15h50min

Arroz registra o maior preço mundial dos últimos 15 anos

O preço mundial do arroz atingiu o seu nível mais alto em 15 anos em agosto, registrando um aumento de 9,8% em apenas um mês

Da Redação
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Foto: Reprodução/Internet

MUNDO - O preço mundial do arroz atingiu o seu nível mais alto em 15 anos em agosto, registrando um aumento de 9,8% em apenas um mês. Isso ocorreu depois que a Índia, um importante produtor de arroz, impôs restrições às exportações. A informação foi divulgada pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura (FAO).

Apesar do aumento nos preços do arroz, o índice geral de alimentos medido pela FAO caiu 2,1% em agosto, principalmente devido à queda nos preços de óleos vegetais, laticínios e grãos, em parte devido a uma safra recorde no Brasil que aumentou a oferta.

O índice avalia uma cesta básica de alimentos e está 24% abaixo do valor máximo registrado em março de 2022, pouco depois da invasão da Rússia ao território da Ucrânia, que teve um forte impacto nos preços, pois ambos os países são grandes produtores de grãos.

A Índia, que é responsável por 40% do fornecimento global de arroz, proibiu as exportações de arroz branco não-basmati a partir de 20 de julho, o que representa quase 25% de suas exportações totais, a fim de garantir o consumo interno.

A FAO expressou preocupação com essa medida, observando que “esta pressão de alta sobre os preços do arroz gerou uma grande preocupação em termos de segurança alimentar para uma ampla faixa da população mundial, em particular entre os mais pobres”. A agência também alertou que “as restrições à exportação podem ter consequências negativas para a produção, consumo e preços que superem a duração da sua aplicação, acarretando o risco de agravar a elevada inflação interna dos preços dos alimentos em muitos países”. 

Temor com o impacto do ‘El Niño’

O índice de preços dos cereais caiu 0,7% em agosto em comparação com julho, devido a uma queda de 3,8% nos preços do trigo devido à maior disponibilidade de exportadores. Os preços dos grãos secundários também caíram 3,4% devido ao excedente de oferta causado por uma safra recorde de milho no Brasil e à iminente colheita nos Estados Unidos.

Em contraste, o índice de preços do açúcar da FAO subiu 1,3% em agosto em comparação com julho e ficou, em média, 34,1% acima dos níveis de 12 meses atrás. Isso se deveu às preocupações com o impacto do fenômeno El Niño nas plantações de cana-de-açúcar, à falta de chuvas em algumas regiões e ao clima seco na Tailândia. No entanto, os preços foram contidos pela boa colheita no Brasil, pela queda dos preços do etanol e pela desvalorização da moeda brasileira.

O índice de preços dos laticínios da FAO registrou uma queda de 4% em agosto em comparação com julho, e o índice de preços da carne caiu 3%.

 

 


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