24/04/2023 às 22h34min - Atualizada em 24/04/2023 às 22h34min

Nove militares do GSI envolvidos em invasão ao Planalto depõem à PF | Portal Obidense

Servidores apareceram nas imagens do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto em 8 de Janeiro; decisão do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, ordenou depoimentos

Da Redação
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BRASÍLIA - A Polícia Federal (PF) irá ouvir neste domingo, 23, outros nove militares do Gabinete de Segurança Institucional (GSI) envolvidos nos ataques de vandalismos à sede dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de Janeiro. As oitivas acontecerão às 10h e às 14h, em medida determinada por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). Os servidores que hoje prestarão depoimento, embora sejam experientes e já tenham passagens pelos governos Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), foram flagrados através das imagens do circuito interno de segurança do Palácio do Planalto dando água para os vândalos que depredaram o prédio do poder Executivo. Os depoimentos agendados para este domingo integram uma determinação do magistrado que determinou a oitiva de todos os funcionários do GSI que foram identificados dentro do Planalto durante as invasões de 8 de Janeiro. Os depoimentos agendados para este domingo integram uma determinação do magistrado que determinou a oitiva de todos os funcionários do GSI que foram identificados dentro do Palácio do Planalto durante as invasões de 8 de Janeiro. Na última sexta-feira, 21, os investigadores da Polícia Federal colheram o depoimento do ex-ministro do GSI, general Gonçalves Dias. No local, o militar afirmou, em um depoimento de mais de quatro horas, que não prendeu os invasores pois encontrava-se num “gerenciamento de crise” na manifestação. O ex-membro do governo Lula, primeiro a cair desde o início do terceiro mandato presidencial, disse “não ter condições materiais” de realizar as detenções dos manifestantes que invadiram o prédio público e de manter o local seguro ao mesmo tempo.
 

Já na última quinta-feira, 20, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou que o general Gonçalves Dias saiu do órgão por conta própria. Questionado, na chegada a um evento no Planalto, o petista afirmou que não estava chateado com o militar e que sua saída ocorreu por vontade própria. A demissão de Dias do comando do GSI ocorreu momentos após a divulgação das imagens do circuito interno do Planalto que mostram Gonçalves transitando no prédio público e conversando com vândalos durante as depredações no dia 8 de Janeiro.Com a saída de Gonçalves Dias, o ex-interventor na segurança do Distrito Federal e secretário-executivo do Ministério da Justiça e Segurança Pública, Ricardo Cappelli, passou a assumir o comando do GSI de maneira interina. Como resposta, no Congresso, parlamentares da oposição ao governo Lula querem a prisão do ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional. A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que irá protocolar um pedido formal na Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-membro do governo federal. “O Anderson Torres sequer estava aqui, e o crime que a gente está apontando é o mesmo crime que o próprio Alexandre de Moraes prendeu o Anderson Torres. Só que a diferença é que esse ex-ministro estava aqui, no meio da confusão, no meio da manifestação, conversou com manifestantes, participou, provavelmente, inclusive, enviado pelo presidente Lula, já que eles já sabiam, através da Abin, desde o dia anterior que haveria essa manifestação. E o Anderson Torres estava fora do país”, afirmou.

 


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