17/03/2017 às 18h18min - Atualizada em 17/03/2017 às 18h18min

Com a subida rápida no período da enchente do rio, faz com que a defesa Civil de Óbidos fique em alerta e faça acompanhamento permanente

Por: Walmir Ferreira
Foto: Portal Obidense

ÓBIDOS - O atual nível do rio Amazonas deixa em alerta a Defesa Civil municipal de Óbidos, Oeste do Pará. Desde sua nascente, nos Andes, o Rio Amazonas, o maior rio do planeta influencia radicalmente a vida das famílias ribeirinhas nos dois períodos mais marcantes na região, o inverno (período chuvoso) e verão (período de estiagem);

Nas últimas semanas foi registrado um grande volume pluviométrico nas cabeceiras do Amazonas, ou seja, está chovendo mais, o que influencia diretamente no nível do rio e dos lagos e igarapés. A Defesa Civil em Óbidos trabalha em parceria com os estados do Amazonas e Acre, dividindo informações.  Os rios Juruá, Madeira, Negro e Solimões são afluentes do rio Amazonas e são águas que acabam vindo neste sentido.

"Queremos informar, através desse veículo de comunicação, que a Defesa Civil está se preparando, juntamente com o Governo Municipal caso nós alcancemos o mesmo nível de 2009." Destacou Ary Franco, Coordenador da Defesa Civil em Óbidos.

Por quê a Defesa Civil menciona a cheia de 2009? Porque esta enchente foi uma das maiores da história na região alcançando níveis antes impensáveis. Para se ter uma noção do comparativo do nível da cheia do ano de 2009, referente ao dia 14 de março daquele ano com a mesma data do ano de 2017 buscamos dados da Defesa Civil municipal, cedidos com exclusividade.

* 2009

14/03: Manhã - 7.22m / Tarde - 7.24m

* 2017

14/03: Manhã - 6.74m / Tarde - 6.76m

O nível do rio Amazonas só é menor, para este mesmo período que o de 2009. São apenas 48 cm de diferença entre ambas as amostras. A previsão é que o nível aumente cerca de dois centímetros por dia ou mais.

Mesmo com todos esses números, dados e estatísticas não há como precisar o real nível que a cheia do rio irá alcançar. Por isso, a Defesa Civil trabalha com a organização e parceria para que, principalmente as famílias ribeirinhas (mais afetados pela cheia dos rios) sejam bem informados e orientados quanto aos cuidados e medidas preventivas.

"A matemática é realmente exata, mas não há como ter exatidão do nível que a cheia de 2017 irá alcançar, somente a natureza tem essa informação. Por isso, trabalhamos com os dados e conhecimentos que possuímos para reduzir os riscos." Alerta o coordenador.

Desde o ano de 2009 a cheia não ultrapassava os nível que alcançou em 2017. Portanto a Defesa Civil alerta para um risco de grande enchente neste ano.

ANO:                           MANHÃ

* 2009                             7.22

* 2010                             5.20

* 2011                             5.64

* 2012                             7.22

* 2013                             6.36

* 2014                             6.70

* 2015                             6.16

* 2016                             3.58

* 2017                             6.74

"Nós estamos fazendo todo um planejamento, estamos fazendo um mapeamento da frente da cidade, como também de toda a zona de várzea, para que a prefeitura possa atuar, com todos os seus órgãos, para dar suporte a essa realidade." Disse Ary Franco.


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