15/03/2022 às 15h17min - Atualizada em 15/03/2022 às 15h17min
Dia Mariele Franco de luta contra o genocídio da mulher Negra é celebrado em 14 de março | Portal Obidense
O dia foi escolhido por conta de Mariele Franco Vereadora do PSOL no Rio de Janeiro que foi assassinada junto com o motorista no dia 14 de março de 2018
Por: Derick Souza e Nicole Vasconcelos
BRASIL: Exatos quatro anos se passaram desde que a vereadora Marielle Franco (PSOL) e seu motorista Anderson Gomes foram mortos, em 14 de março de 2018. Desde aquele dia, o crime ainda chacoalha a política do Rio de Janeiro e do Brasil.
Apesar da prisão de dois suspeitos de executar o assassinato, até hoje a polícia fluminense não esclareceu se houve um mandante nem qual o motivo do crime.
Por conta disso, o dia 14 de março se tornou o Dia Marielle Franco de Luta contra o genocídio da mulher negra, uma data de reflexão sobre a desigualdade, o preconceito e as inúmeras injustiças que assolam as mulheres negras no Brasil.
COMO MARIELLE E ANDERSON FORAM MORTOS?
Eles sofreram uma emboscada no centro do Rio em 14 de março de 2018, quando o estado estava sob intervenção federal na segurança pública. Marielle havia participado de um debate de mulheres negras e se dirigia para casa quando um carro emparelhou ao seu e um ocupante começou a atirar. Ela foi atingida por quatro projéteis na cabeça, e Anderson levou três tiros nas costas. A assessora que os acompanhava foi ferida por estilhaços.
Marielle Francisco da Silva, conhecida como Marielle Franco, foi uma socióloga e política brasileira. Filiada ao Partido Socialismo e Liberdade, elegeu-se vereadora do Rio de Janeiro para a Legislatura 2017-2020, durante a eleição municipal de 2016, com a quinta maior votação.
Cinco meses após o assassinato de Marielle, seis de seus projetos de lei foram aprovados na Câmara Municipal: o Programa de Espaço Infantil Noturno (Espaço Coruja); a criação da campanha de enfrentamento ao assédio e violência sexual nos transportes; o Dia Municipal de Luta contra o encarceramento da Juventude Negra, entre outros.
A Marielle é um símbolo de resistência pelo simples fato de ter sido a resistência na pele e na alma. Mulher, preta, feminista, homossexual, nascida e criada no Complexo da Maré e uma política exemplar. Marielle ocupava um espaço de poder e sua voz ainda ecoa na política brasileira até hoje.